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Total de desempregados aumenta em 1,2 milhão

01 de Maio de 2020 às 00:01

Total de desempregados aumenta em 1,2 milhão Mais pessoas estão em busca de emprego, segundo IBGE. Crédito da foto: Marcos Santos / USP Imagens

O País registrou 2,329 milhões de ocupados a menos no mercado de trabalho em um trimestre, enquanto 1,218 milhão de pessoas se somaram ao contingente de desempregados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego passou de 11,0% no trimestre encerrado em dezembro de 2019 para 12,2% no trimestre terminado em março de 2020. O Brasil tinha 12,850 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em março deste ano.

A população ocupada totalizou 92,223 milhões de pessoas. A taxa de desemprego só não subiu ainda mais porque houve aumento de 2,8% no número de pessoas na inatividade.

A população inativa alcançou um recorde de 67,281 milhões no trimestre encerrado em março, 1,851 milhão a mais que no trimestre anterior.

A taxa de informalidade atingiu 39,9% da população ocupada, representando um contingente de 36,8 milhões de trabalhadores informais. No trimestre móvel anterior, essa taxa havia sido 41% e no mesmo trimestre do ano anterior, 40,8%.

O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado (11,0 milhões de pessoas) caiu 7% (menos 832 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e permaneceu estável comparado ao primeiro trimestre de 2019.

O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,2 milhões de pessoas, com queda de 1,6% em relação ao último trimestre de 2019 e alta de 1,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2019.

A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 3,211 bilhões no período de um ano, para R$ 216,290 bilhões, uma alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2019. Em relação ao trimestre encerrado em março do ano passado, a renda média subiu 1,1%, para R$ 2.398.

51% dos autônomos estão sem trabalhar

Metade dos brasileiros que atuavam como autônomos antes das medidas de isolamento social se viu obrigada a ficar sem trabalhar durante a quarentena adotada como forma de combate à pandemia do novo coronavírus. É o que mostra pesquisa feita pelo instituto QualiBest, que entrevistou cerca de 800 pessoas, entre o final de março e início de abril, por meio de uma plataforma digital.

Segundo o levantamento, 51% dos autônomos (os que atuam por conta própria, profissionais liberais ou donos de pequenos negócios) estão em isolamento e sem trabalhar, enquanto 36% continuam trabalhando mesmo isolados. Uma parcela de 9% segue saindo de casa para exercer suas atividades profissionais. Outros 4% estão em outras situações.

Os autônomos se tornaram uma das principais preocupações dos governantes, em especial das autoridades econômicas, quando a pandemia levou vários Estados a adotar medidas de isolamento social, na segunda quinzena de março, numa tentativa de conter o avanço dos vírus. Aqueles que precisam sair para trabalhar -- como um vendedor ambulante, por exemplo -- ficaram sem renda por causa da quarentena, não só porque tiveram de ficar em casa, mas também porque os clientes também estão isolados.

A principal resposta das autoridades, até o momento, foi a criação do auxílio emergencial. A medida, do governo federal, oferece R$ 600 mensais, durante três meses.

Ainda segundo o levantamento, metade dos brasileiros (52%) defende que a quarentena dure o tempo indicado pelos profissionais de saúde. Outros 29% acreditam que as medidas de isolamento devem ser afrouxadas quando houver diminuição no número de casos. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)