Crédito da foto: Pedro Negrão / Arquivo JCS

Em meio a tensões no Brasil e no exterior, o dólar aproximou-se de R$ 5,90 e voltou a bater recorde. O dólar comercial encerrou ontem vendido a R$ 5,866, com alta de 0,71%. Este é o maior valor nominal (sem considerar a inflação) desde a criação do real.

O dólar estava em queda até pouco antes das 15h, quando se encerrou a exibição, na sede da Polícia Federal, do vídeo de uma reunião ministerial realizada no fim de abril. O vídeo é parte do inquérito que investiga declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Na máxima do dia, por volta das 16h, encostou em R$ 5,89. A divisa acumula alta de 46,17% em 2020.

Investigadores que acompanharam a exibição do vídeo avaliam que o conteúdo da gravação é “devastador” para o presidente, segundo relatou o repórter Fausto Macedo. Bolsonaro minimizou o conteúdo do vídeo e disse que não existe nele a palavra “polícia federal” e que pode retirar o sigilo do vídeo a qualquer momento, permitindo sua divulgação. Mas a reação no câmbio seguiu de busca por proteção no dólar.

O Ibovespa retrocedeu à linha de 77 mil pontos no fechamento de ontem, na mínima do dia, em baixa de 1,51%. As ações de Petrobras e Vale, que davam dinamismo ao Ibovespa mais cedo, viraram perto do fim, encerrando em terreno negativo. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)