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Sorocaba sobe para 8ª colocada no ranking de exportações do Estado

26 de Agosto de 2018 às 13:05

Sorocaba sobe da 9ª para 8ª colocação no ranking de exportações do Estado A Argentina absorveu 49% das exportações sorocabanas em 2018, seguida pelos Estados Unidos (7,5%) e Alemanha (7%). Crédito da foto: Emidio Marques

Sorocaba subiu uma posição no ranking estadual de exportações, passado de 9ª no ano passado para 8ª. Em importações, a cidade caiu da 6ª para a 7ª colocação. Foram US$ 727 milhões exportados e US$ 1,2 bilhão importados entre janeiro e julho de 2018, resultando em uma balança comercial deficitária em US$ 541 milhões. Na comparação com o mesmo período em 2017, a exportação teve variação negativa de 0,82% e as importações cresceram 10,12%.

No Estado de São Paulo, acumulado de 2018, a capital paulista é a primeira do ranking em importações e exportações. Santos é a segunda em exportações e Campinas ocupa a segunda posição em importações.

Em nível nacional, Sorocaba perdeu posições entre os municípios exportadores, do 33º para o 39º lugar. Também desceu na classificação dos municípios com maior volume de importações, de 13º para 16º.

Com grande concentração de indústrias no município, a balança comercial sorocabana costuma ser deficitária. Segundo especialistas, isso ocorre pois a cidade importa peças e outros insumos para a produção nas fábricas e distribui os produtos finais no mercado interno e externo.

O setor automotivo segue como grande movimentador da economia sorocabana tanto em exportações quanto em importações. A venda de veículos para o exterior representou 30% das exportações do município, totalizando US$ 221 milhões entre janeiro e julho. Nas importações, é a compra de partes e acessórios para automóveis que lidera, com US$ 133 milhões e 10% de participação no total de compras do exterior.

Tanto a importação de peças para veículos quanto a venda do produto final tiveram crescimento de participação percentual e de valores na balança comercial da cidade. No acumulado de 2017, as importações de peças de automóveis somavam US$ 94,64 milhões e representavam uma fatia de 8,2%. Já as exportações dos veículos representavam 23% das vendas ao exterior e totalizavam US$ 189 milhões.

O maior parceiro comercial da cidade para as exportações é a Argentina, que absorveu 49% dos produtos sorocabanos em 2018. O valor chegou a US$ 356 milhões. Em seguida, aparece os Estados Unidos (7,5%), Alemanha (7%), Chile (5%) e o Peru (4,8%). Nas importações, a China lidera com 35% das compras internacionais da cidade, seguida da Alemanha (11%), Estados Unidos (7,1%), Japão (6,6%) e Malásia (5,9%).

Julho

Em julho, Sorocaba exportou U$ 76 milhões e importou US$ 198 milhões. Em relação às importações, os números representam um crescimento de 11,2% na comparação com junho deste ano e de 20% ante julho de 2017. Nas exportações, houve queda de 27% na comparação com junho de 2018 e de 33,9% ante o mesmo mês do ano passado.

Estação aduaneira faz 2ª expansão em 2 anos

Henrique Debiazi: oscilação do dólar favorece exportações. Crédito da foto: Emidio Marques

Apostando na diversificação e aproveitando o aumento das exportações brasileiras devido à alta do dólar, a Estação Aduaneira do Interior em Sorocaba (Eadi Aurora) promove a segunda expansão em dois anos. Desta vez, foram investidos R$ 3 milhões para ampliar 300 posições (espaços de armazenagem) e criar mais áreas refrigeradas. A Eadi já planeja novas expansões. De acordo com Henrique Debiazi, gerente executivo comercial, as mercadorias exportadas que passaram pela estação aduaneira tiveram aumento de 77% no primeiro semestre de 2018 na comparação com o mesmo período de 2017, chegando à marca de 3.531 toneladas.

O gerente conta que nos últimos anos a Eadi abriu o leque de segmentos atendidos, que costumava se concentrar no setor de tecnologia. Hoje, as cargas voltadas à saúde humana e animal (farmacêutica) e ao setor automotivo industrial também são pilares dos negócios. “Nós encontramos alguns nichos de mercado. Nosso foco hoje tem sido muito grande na questão de exportação.” De acordo com Debiazi, a oscilação do dólar influi e favorece as exportações.

A característica industrial de Sorocaba beneficia as importações -- usualmente de matérias primas para a indústria -- e foi um dos motivos para instalar a estação aduaneira na rodovia Senador José Ermírio de Moraes (Castelinho) há 20 anos. A cidade está ainda em uma localização estratégica dos aeroportos do Estado e do porto de Santos.

Sorocaba sobe da 9ª para 8ª colocação no ranking de exportações do Estado Contêineres são recebidos e despachados do exterior. Crédito da foto: Emidio Marques

As mercadorias que chegam ao País obtêm uma declaração de trânsito especial aduaneira para serem transportadas até a Eadi Aurora, onde são nacionalizadas, passando pelas autoridades alfandegárias e sanitárias. De acordo com o gerente, algumas das vantagens de realizar o procedimento em um local secundário como o de Sorocaba seria a estrutura oferecida: segurança, espaço para separação e análise das mercadorias e até tarifas mais vantajosas. Devido ao espaço disponível, mesmo após a nacionalização, os clientes podem deixar as mercadorias no local para posterior redistribuição.

De acordo com Debiazi, a Eadi tem área de cofre para armazenagem de produtos de alto valor, como joias, ou atratividade. A segurança é necessária também para proteger protótipos, como de modelos de carros ainda não lançados comercialmente.

A expectativa é de nova expansão de 300 a 600 posições nos próximos meses. Em 2017, já havia sido feito um investimento de R$ 2 milhões e aumento de outras 300 posições. Ao acompanhar mês a mês os resultados e experimentar o alcance das metas, a empresa prefere não esperar a reação do mercado às eleições para decidir sobre os próximos passos. “Se você sai na frente -- você faz seus investimentos, você está preparado -- no momento em que a economia começa a responder você já está mais apto a receber aquele crescimento”, diz o gerente. (Priscila Fernandes)

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