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Seguro de crédito veio para ficar, diz Montezano

22 de Novembro de 2020 às 00:01

Seguro de crédito veio para ficar, diz Montezano Presidente do BNDES: empréstimos de R$ 80 bilhões. Crédito da foto: Vater Campanatto / Arquivo Agência Brasil (14/10/2020)

Após deixar claro, na semana passada, que as medidas emergenciais adotadas para mitigar a crise da Covid-19 terminariam no fim do ano, o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou na quarta-feira que o instrumento do “seguro de crédito”, usado no Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), é um instrumento “que está aqui para ficar”.

Segundo o executivo, o sucesso do Peac, baseado na capitalização do Fundo de Garantia de Investimentos (FGI), o fundo de aval operado pelo BNDES, foi efetivo. Já foram garantidos empréstimos, com foco em empresas de porte médio para baixo, no valor total de pouco acima de R$ 80 bilhões.

Para Montezano, a eficácia da medida mostra que o instrumento pode continuar a ser usado mesmo após os primeiros meses de combate à crise.

“Sabemos que temos um gap de crédito para MPMEs (médias, pequenas e microempresas). O instrumento da garantia ou seguro (de crédito) pode ser muito efetivo”, afirmou Montezano, em inglês, durante palestra no Bradesco BBI CEO Forum 2020, promovido em formato on-line pelo banco de investimentos.

Segundo o presidente do BNDES, o instrumento de oferecer avais de crédito para bancos comerciais, incluindo privados, emprestarem pode ser replicado por Estados e cooperativas de crédito.

Embora tenha afirmado, na semana passada, que as medidas emergenciais do banco de fomento terminarão em dezembro, Montezano abriu a possibilidade de continuidade do Peac, com mais aportes do Tesouro Nacional. (Thaís Barcellos e Vinicius Neder - Estadão Conteúdo)