Crédito da foto: Divulgação / Oi

A “supertele” nacional, definitivamente, não existe mais. As rivais Vivo, Claro e TIM compraram ontem em leilão, por R$ 16,5 bilhões, as operações de telefonia móvel da Oi. A empresa que nasceu em meio a polêmicas na época da privatização do Sistema Telebras e que, nos governos petistas, recebeu um empurrão para se tornar uma “campeã nacional” na área de telefonia, entrou em recuperação judicial em 2016, com uma dívida de R$ 64 bilhões, e se viu obrigada a vender ativos para sobreviver e avançar no segmento de banda larga por fibra óptica, sua nova aposta.

Do total a ser pago à Oi, que tinha 15,8% do mercado, a maior parte (R$ 7,3 bilhões, ou 44,3%) será desembolsada pela TIM. A Vivo (Telefônica Brasil) pagará R$ 5,5 bilhões, ou 33,3% do total. A Claro desembolsará R$ 3,7 bilhões (22,3% do total). Pela divisão acertada, as estimativas são de que a Vivo sairia de 33,5% para 38% de participação de mercado; a TIM, de 22,2% para 28,5%; e a Claro, de 26,5% para 31,5%. Os 2% restantes seguiriam nas mãos de operadoras regionais, como a mineira Algar Telecom.

O leilão, organizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, teve, como se esperava, uma vitória por WO -- nenhum outro grupo entrou na disputa. (Estadão Conteúdo)