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Reajuste de 18% na tarifa de energia passa a valer no dia 23

17 de Outubro de 2018 às 07:58

A falta de chuva fará o consumidor pagar mais pela conta de luz, além do adicional da bandeira tarifaria. Foto: Luiz Setti / Arquivo JCS

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (16) reajuste tarifário da CPFL Piratininga, que atende 1,7 milhão de clientes em 27 municípios no interior e litoral de São Paulo, com 15 deles na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O reajuste, válido a partir do dia 23 de outubro, será de 18,7% para consumidores de baixa tensão (residências e pequenos comércios) e 20,18% para os de alta tensão (indústrias e grandes comércios), o que dá uma média de 19,25%.

Em outubro do ano passado, o reajuste da CPFL Piratininga nas contas de luz foi de 14,86% para residências e de 21,51% para alta tensão. Além do aumento na tarifa, na semana que vem, os consumidores têm de pagar a bandeira tarifária vermelha, que desde julho está no patamar 2, com acréscimo de R$ 5 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. A cobrança extra pelo sistema de bandeiras tarifárias cobre custos maiores de produção de energia com o funcionamento das termelétricas, que é mais cara que nas hidrelétricas.

Conforme a CPFL Piratininga, o que teve maior peso nos percentuais fixados este ano foram os gastos com a compra de energia, causados pelo risco hidrológico, acionamento das termelétricas e alta do dólar. “Desde 2012, as distribuidoras de energia elétrica de todo o Brasil passaram a assumir os custos do risco hidrológico das usinas que tiveram os seus contratos de concessão renovados pela então medida provisória nº 579/2012, bem como das usinas que aderiram à repactuação do risco hidrológico prevista na resolução normativa Aneel nº 684/15”, informa a empresa.

Ainda pela falta de chuva nos últimos meses, as concessionárias, como a CPFL Piratininga, tiveram que comprar a oferta de termelétricas para garantir o fornecimento de energia elétrica para os seus clientes, segundo a companhia. “Mesmo com a utilização do modelo de bandeiras tarifárias, que ajusta o valor da conta de luz com base no custo de geração, as receitas arrecadadas não foram suficientes para cobrir os gastos acumulados com este fator, que agora estão sendo repassados para as tarifas de energia”, informa a CPFL Piratininga.

A oscilação do dólar também entrou na conta, conforme a empresa, porque o custo da energia da hidrelétrica de Itaipu (que pertence a Brasil e Paraguai) é definido pela moeda norte-americana.

A CPFL Piratininga ressalta que a maior parte do valor da conta de luz é destinado para o pagamento das despesas com compra de energia, com o sistema de transmissão, impostos estaduais e federais e encargos setoriais, “que são conhecidos no setor elétrico como custos não-gerenciáveis pelas distribuidoras”. De uma conta de R$ 100, R$ 14,90 se referem aos custos diretos da CPFL Piratininga, conforme a distribuidora.

Além de Sorocaba, os outros 14 municípios da RMS abrangidos pela CPFL Piratininga são: Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Ibiúna, Iperó, Itu, Mairinque, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Roque, Sorocaba e Votorantim. (Da Redação)

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