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Presidente da Caixa vê recuperação imobiliária

03 de Julho de 2020 às 00:01

Presidente da Caixa vê recuperação imobiliária Total contratado é maior do que no 1º semestre de 2019. Crédito da foto: Pedro Negrão / Arquivo JCS

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou ontem que já há uma percepção de retomada no setor imobiliário no mês de junho. “Estamos otimistas com os próximos meses em termos de economia”, afirmou, durante coletiva virtual de imprensa. Ele anunciou medidas para o setor imobiliário, tanto para pessoas físicas quanto para construtoras.

“Fizemos R$ 11,1 bilhões em contratações em junho de crédito imobiliário”, disse Guimarães. Ele reconheceu, porém, que o mês de abril -- quando houve acirramento da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus -- foi de dificuldades para o setor. De janeiro a junho, foram R$ 48,21 bilhões contratados, ante R$ 39,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

“Muita gente aproveita esse momento de preços menores”, avaliou Guimarães. Ele também apontou a carência de seis meses para o início do pagamento em novos contratos, anunciada em abril pela Caixa, como razão para o crescimento.

A Caixa também anunciou ontem medidas de alívio para as construtoras, incluindo a flexibilização de exigências e a utilização de recebíveis para o pagamento de encargos ligados aos empreendimentos.

Outra medida é a inclusão dos custos de cartório e do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) no financiamento da casa própria. Essas despesas chegam a representar 5% do valor do imóvel, a depender da região. A adesão está disponível a partir de hoje nos novos contratos de financiamento imobiliário para residências avaliadas em até R$ 1,5 milhão. A medida se aplica às operações com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e também da poupança (SBPE).

Dessa forma, quem aderir não precisará ter recursos próprios para cobrir os custos cartoriais e fiscais envolvidos na compra de um imóvel, como ocorria até agora. A Caixa estima que, com isso, seus clientes deixarão de pagar R$ 2,5 bilhões neste ano e R$ 5 bilhões no ano que vem.

O banco informou que, desde abril, fechou 3 mil contratos em um programa piloto para testar o novo modelo.

O vice-presidente de Habitação da Caixa, Jair Mahl, anunciou ainda que a partir de segunda-feira, dia 6, o banco passará a fazer registros eletrônicos para contratos de financiamento habitacional. A medida busca reduzir a burocracia. “Haverá redução do tempo de registro no cartório do contrato habitacional de 45 para 5 dias”, disse Mahl. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)