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País escapou da ameaça de depressão, diz Guedes

09 de Dezembro de 2020 às 00:01

País escapou da ameaça de depressão, diz Guedes Crédito da foto: Mateus Bonomi / AGIF / Arquivo Estadão Conteúdo (16/3/2020)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu ontem que a economia brasileira está voltando em “V”, com a criação de empregos, alta na arrecadação e consumo de energia elétrica no patamar do ano passado.

“A democracia brasileira funcionou, apesar do todo o barulho. Articuladamente, o Brasil escapou da ameaça de depressão econômica. No primeiro ano, escapamos do abismo fiscal, no segundo ano escapamos da ameaça de depressão”, afirmou, no seminário “Diálogo entre os poderes para retomada econômica do País”, organizado pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (Ieja).

Guedes ressaltou que o governo precisa reavaliar as flexibilizações que a pandemia impôs ao País e voltou a defender um novo programa de geração de empregos. “Temos que de alguma forma reconhecer os 40 milhões de invisíveis que descobrimos na pandemia, e por isso vamos propor o Verde Amarelo. Não vamos tirar direitos de ninguém na legislação trabalhista, mas precisamos de um regime extraordinário de um ou dois anos. Mas precisamos trabalhar juntos, não vai um ministro que vai tirar uma medida extraordinária do bolso para salvar todo mundo”, avaliou.

Em companhia do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, Guedes elogiou o papel da instituição na recuperação da economia. “Onde há um bom capital institucional, a renda per capita é maior. Vamos precisar sempre da ação decisiva dos três poderes em coordenação”, afirmou. “Temos muita confiança em cooperação entre os poderes. Aplaudo enfaticamente consciência do presidente do Supremo”, completou.

O ministro lembrou que a reforma de marcos legais depende da integração entre Executivo, Legislativo e Judiciário. “Às vezes uma questão vai pro STF e dependendo da decisão, são dez anos de atraso ou dez anos de evolução acelerada. Uma causa pode representar R$ 150 bilhões contra a União.” (Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues - Estadão Conteúdo)