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Onda solidária volta a crescer em março

28 de Março de 2021 às 00:01

Onda solidária volta a crescer em março Doações são feitas em dinheiro e cestas de alimentos. Crédito da foto: Vinícius Fonseca / Arquivo JCS (16/4/2020)

A onda de doações de dinheiro, bens e serviços que começou há cerca de um ano -- no início da pandemia -- voltou a crescer em março de 2021, de acordo com a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, instituição que mantém o Monitor das Doações Covid-19. Segundo o diretor executivo da entidade, João Paulo Vergueiro, o número de pessoas físicas que estão fazendo contribuições, principalmente em sites de vaquinhas, vem aumentando em comparação com o final do ano passado.

Dados do monitor mostram que a média diária de doações foi de R$ 300 mil em novembro e R$ 1,77 milhão em dezembro. Já em março de 2021, a média é, até agora, de R$ 1,87 milhão. O volume ainda não se compara ao de abril de 2020, quando o índice ultrapassou R$ 108 milhões.

Embora os valores estejam distantes do patamar de 12 meses atrás, as doações estão em alta, acompanhando o recrudescimento da pandemia no Brasil. “O mês de março tem o maior número de contribuições desde outubro”, explicou Vergueiro, acrescentando que há um paralelo claro entre a piora das notícias a partir de janeiro e o aumento da solidariedade.

No Brasil, as pessoas também vêm procurando mais orientações na internet sobre como fazer uma contribuição. As pesquisas feitas com os termos “como doar” crescem 54% em março na comparação com fevereiro, de acordo com dados do Google Trends. Dentre as buscas feitas usando essas palavras, a pergunta mais elaborada -- “Tem gente com fome, como doar?” -- teve crescimento de mais de 50 vezes nos últimos 7 dias, em comparação com a semana anterior.

Também houve aumento de 30% nas consultas sobre cestas básicas, seja para doar ou para receber.

O Google Trends revela ainda que algumas instituições e iniciativas específicas estão em alta. Há crescimento do número de pessoas pesquisando como doar para a Central Única das Favelas (Cufa) e para a campanha Band contra a Fome. (Estadão Conteúdo)