Crédito da foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O Brasil continua atraente para o mercado de resseguros, a despeito de questões relacionadas à situação fiscal e ainda da ausência de políticas ambientais no governo de Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita pelo presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Antonio Trindade.

Segundo ele, ao longo de 2020, não foi vista redução da capacidade de resseguro ofertada ao Brasil. No ano, além da pandemia que chacoalhou o mundo, o setor foi palco do escândalo no IRB Brasil Re, envolvo na maior crise de credibilidade de sua história e que derrubou a alta cúpula da companhia.

“As grandes resseguradoras estão aqui no Brasil. O País tem muita pouca frequência de acidentes climáticos. Assim, é um mercado atraente do ponto de vista de resultado”, disse Trindade. “O mercado é sólido suficiente para continuar atraindo grandes resseguradoras. Não vimos nenhum movimento de redução de capacidade ou alguma resseguradora tirando o pé do acelerador”, acrescentou.

Quando ao potencial que a nova lei de licitações trará ao mercado de seguro garantia, o presidente da FenSeg afirmou que a perspectiva é de crescimento, mas ainda não é possível precisar em qual ritmo.

O projeto, que ficou em debate durante 25 anos, ainda depende da sanção presidencial para entrar em vigor. Dentre as mudanças, obriga a contratação de seguro garantia para obras de valor superior a R$ 200 milhões, mas com a restrição para até 30% da cifra do contrato.

“Não temos previsão nem fizemos conta de quanto será esse mercado. Definitivamente, será maior do que era até então com a obrigatoriedade do seguro. Não fizemos cálculo. Precisamos avaliar as concessões que serão ofertadas”, concluiu Trindade. (Estadão Conteúdo)