Mansueto: saída não deve preocupar investidores
Funchal é novo secretário. Crédito da foto: Antonio Cruz / Arquivo ABR
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse ontem sua saída do governo federal, marcada para agosto, não deve preocupar os investidores. Em entrevista à CNN Brasil, Mansueto voltou a afirmar que a política de ajuste fiscal do governo vai continuar. “O ajuste fiscal depende da postura e da boa vontade do governo de continuar esse ajuste. Enquanto Guedes for ministro da economia, sei que esse compromisso vai continuar”, disse Mansueto. Ele lembrou, ainda, que o cumprimento do teto dos gastos é uma obrigação constitucional.
Mansueto defendeu que o desafio da política econômica na saída da pandemia de Covid-19 é aprovar as reformas estruturais no País, para aumentar o potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e dar aos investidores uma perspectiva de redução da relação entre dívida pública e PIB.
Ele negou a possibilidade de o ministro da Economia, Paulo Guedes, também deixar o governo. “Não tem essa possibilidade não. O ministro Guedes tem valores claros e convicção do que precisa ser feito”, afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O economista Bruno Funchal vai assumir o cargo de secretário do Tesouro Nacional em 31 de julho, no lugar de Mansueto, confirmou ontem à tarde o Ministério da Economia. Funchal é bacharel pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
Desde o início do governo Jair Bolsonaro, o futuro secretário do Tesouro integra a equipe da Secretaria Especial de Fazenda como diretor de programa e “trabalha pelo ajuste fiscal do País”, diz o Ministério da Economia, em nota. Ele foi um dos técnicos responsáveis para elaboração do projeto do Pacto Federativo. (Estadão Conteúdo)