IPCA-15, prévia da inflação, fica quase estável em junho
Alta no preço dos alimentos impediu deflação este mês. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (8/3/2019)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou próximo da estabilidade, com alta de 0,02% em junho, após ter recuado 0,59% em maio, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 0,37% em 2020.
A alta de 0,02% registrada em junho pelo IPCA-15 foi o menor resultado do indicador para o mês desde 2006, quando havia caído 0,15%. No mês de junho de 2019, o IPCA-15 tinha subido 0,06% segundo os dados divulgados pelo IBGE.
Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses passou de 1,96% em maio para 1,92% em junho, o resultado mais baixo desde fevereiro de 1999, quando a taxa foi de 1,80%.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, as famílias voltaram a gastar mais com alimentação e bebidas. O grupo passou de um avanço de 0,46% em maio para um aumento de 0,47% em junho, maior pressão sobre a inflação do mês, com uma contribuição de 0,09 ponto porcentual no IPCA-15.
Os alimentos para consumo no domicílio passaram de uma elevação de 0,60% em maio para uma alta de 0,56% em junho. O preço da batata subiu 16,84%. As famílias também gastaram mais com as carnes (1,08%), a cebola (14,05%) e o feijão (9,38%).
Na direção oposta, ficaram mais baratos o tomate (-12,36%), cenoura (-12,05%) e frutas (-0,80%), depois de já terem recuado no mês anterior.
A alimentação fora do domicílio acelerou de uma alta de 0,13% em maio para um avanço de 0,26% em junho. O lanche saiu de elevação de 0,64% em maio para aumento de 0,82% em junho. (Daniela Amorim - Estadão Conteúdo)