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Guedes: ‘retorno seguro ao trabalho exige vacinação’

19 de Dezembro de 2020 às 00:01

Guedes: ‘retorno seguro ao trabalho exige vacinação’ Ministro: imunização voluntária. Crédito da foto: Sérgio Lima / Arquivo AFP (18/3/2020)

Em meio ao aumento recente no número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que a luta contra a pandemia “não está encerrada” e disse que a vacinação em massa da população será “o capítulo mais importante”.

Embora o presidente da República, Jair Bolsonaro, venha desencorajando a população a se vacinar, Guedes destacou que a imunização é o que sustentará o fôlego da recuperação econômica.

“O retorno seguro ao trabalho exige vacinação em massa da população”, disse o ministro da Economia. “A luta não foi vencida, não está encerrada. O capítulo mais importante vem agora, com vacinação em massa.”

O ministro comparou o Brasil a um pássaro. “Para voltar a voar, ele precisa bater as duas asas. Da recuperação econômica e da saúde, com vacinação em massa”, disse.

Apesar de destacar a importância da imunização para a retomada econômica, Guedes alinhou-se ao discurso do presidente e defendeu que a vacinação seja voluntária. “É vacinação voluntária. O que governo tem que fazer é disponibilizar todas as vacinas, e o brasileiro pode escolher a vacina que quer tomar E não paga”, afirmou o ministro.

Guedes citou a Medida Provisória já editada pelo presidente para destinar R$ 20 bilhões à compra de vacinas para a população. O governo, porém, tem sido criticado pela ausência de detalhes em seu Plano Nacional de Imunização e pela demora em acordos com laboratórios para compra de doses de vacina.

O ministro disse ainda que o ano de 2020 foi “extremamente difícil” e afirmou ser “elogiável a resiliência do povo brasileiro durante toda a pandemia”.

Reformas

O ministro da Economia ressaltou que, mesmo na pandemia, a equipe econômica não abandonou “em nenhum momento” a ideia de que as reformas precisam continuar.

“Exigimos que o aumento transitório de despesas com saúde não se tornasse permanente”, afirmou Guedes. “Estamos tentando nos levantar dessa tragédia fiscal, além da de saúde”, disse.

Guedes voltou a citar a contrapartida ao socorro a Estados e municípios, que congelou aumentos de salários de servidores até o fim do ano que vem, como uma conquista importante. (Estadão Conteúdo)