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Governo lança Programa Casa Verde e Amarela

26 de Agosto de 2020 às 00:01

Governo lança Programa Casa Verde e Amarela Ministros Braga Netto e Marinho participaram de cerimônia. Crédito da foto: Marcos Corrêa / Oresidência da República (25/8/2020)

O presidente Jair Bolsonaro lançou ontem o novo programa habitacional do governo federal. Chamado de Casa Verde e Amarela, o programa é uma reformulação do Minha Casa Minha Vida, com foco na regularização fundiária e na redução da taxa de juros, para aumentar o acesso dos cidadãos ao financiamento da casa própria.

A cerimônia foi no Palácio do Planalto, onde o presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória (MP) que cria o programa. O ministro da Economia, Paulo Guedes, não participou.

A meta é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda com o financiamento habitacional até 2024, um incremento de 350 mil residências em relação ao que se conseguiria atender com os parâmetros atuais. Isso será possível em função de negociações com o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que subsidia o programa, e com a Caixa, que é o agente financeiro.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, as regiões Norte e Nordeste serão contempladas com a redução nas taxas em até 0,5 ponto porcentual para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais e 0,25 ponto para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil. Nessas localidades, os juros poderão chegar a 4,25% ao ano e, nas demais regiões, a 4,5% ao ano.

Ao longo de quatro anos, o subsídio do FGTS vai cair de R$ 9 bilhões ao ano para R$ 7,5 bilhões ao ano. Ainda assim, segundo o ministro, com a diminuição da taxa de juros e da prestação do financiamento, famílias que antes não eram atendidas em razão da faixa de renda, poderão acessar os benefícios, já que a legislação prevê que as famílias podem comprometer apenas 30% da sua renda com prestação habitacional.

O ministro explicou ainda que o Casa Verde e Amarela permite a renegociação de dívidas dos mutuários da faixa 1, de baixa renda, o que o Minha Casa Minha Vida não permitia. “Falamos de inadimplência beirando 40% dessas famílias. E são os mais pobres, os que ganham até R$ 1,8 mil”, disse. Um mutirão de renegociação deverá ser organizado após o fim da pandemia de Covid-19.

Em coletiva à imprensa após a divulgação do novo programa, no entanto, os integrantes da pasta não especificaram qual será o subsídio aplicado a cada grupo de renda. Também não ficou claro, até o momento, se a subvenção que existe na antiga faixa 1 do programa (famílias com renda de até R$ 1,8 mil) continuará existindo. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)