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FMI revisa queda do PIB do Brasil para 5,8%

14 de Outubro de 2020 às 00:01

FMI revisa queda do PIB do Brasil para 5,8% País enfrenta “recessão menos grave”, disse diretora do FMI. Crédito da foto: Arquivo Agência Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2020 e passou a ver uma queda de 5,8% ante a retração de 9,1% estimada em junho, aponta o documento Perspectiva Econômica Mundial, divulgado ontem, com o título “Uma longa e difícil ascensão”. Para 2021, o FMI reduziu a previsão de crescimento do País de 3,6% para 2,8%. No longo prazo, o FMI destaca que o PIB avançará 2,2% em 2025.

A estimativa para o PIB mundial também melhorou, passando de queda de 5,2% para recuo de 4,4%. A revisão, segundo o Fundo, se deve à melhora do nível de atividade global no segundo trimestre, sobretudo em economias avançadas, apoiada em grande parte por medidas fiscais e monetárias extraordinárias para combater a pandemia do coronavírus.

Para o próximo ano, o FMI projeta que o indicador global avançará 5,2%, pouco abaixo dos 5,4% previstos em junho.

A economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath, disse que a instituição fez uma melhor projeção para o PIB do Brasil para este ano “com a recuperação pouco mais rápida depois do fechamento da economia e o apoio de medidas fiscais.”. Para ela, “a projeção para o próximo ano baixou pelos limites de gastos públicos”.

Gian Maria Milesi-Ferretti, diretor adjunto do departamento de pesquisa do FMI, acrescentou que o País enfrenta uma “recessão menos grave” por causa das ações substanciais de ordem fiscal e monetária que foram adotadas pelas autoridades do governo.

“Medidas de auxílio no Brasil precisam ter foco definido e não devem ser retiradas de modo prematuro. “As previsões macroeconômicas do Fundo para o Brasil indicam que o ritmo de recuperação do País após a crise provocada pela pandemia de Covid-19 ainda estará moderado no fim deste ano, com queda de 4,7% no PIB do quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2019.” No encerramento de 2021, a velocidade do nível de atividade estará maior segundo o Fundo, com avanço de 1,7% no PIB entre outubro e dezembro ante os mesmos meses de 2020. (Ricardo Leopoldo - Estadão Conteúdo)