Facebook lança ferramenta 'Shops' para ajudar comércios na pandemia
Este tipo de conteúdo é uma intensificação de conteúdos falsos. Crédito da foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Facebook está acelerando o desenvolvimento comercial de suas plataformas, impulsionado pelo confinamento em massa, que reforça a necessidade de pequenas empresas atenderem os consumidores onde eles estão: on-line.
A rede social líder lançou nesta terça-feira (19) uma nova ferramenta chamada "Facebook Shops", que permite às marcas criarem um espaço personalizado para destacar seus produtos e facilitar as vendas.
As empresas devem criar uma "vitrine", a mesma para o Facebook e Instagram e, mais tarde, para o Messenger e o WhatsApp.
Este novo produto estará disponível gradualmente nos próximos dois meses para as aproximadamente 160 milhões de empresas que já usam a mídia social do grupo californiano.
Ele será gratuito, mas permitirá que o Facebook aumente o tempo que os usuários gastam em seus diferentes aplicativos e colete ainda mais dados, o mecanismo de seu modelo de negócios baseado em apurada segmentação de publicidade e em larga escala.
"A experiência deve ser suave e inspiradora. Você pode explorar o universo das marcas com mais detalhes, sem precisar sair do aplicativo", disse Layla Amjadi, gerente de produto do Instagram Shopping, em entrevista coletiva.
O Facebook Shops está em processo de criação desde o ano passado, mas seu desenvolvimento foi acelerado "na esperança de ajudar as empresas a sobreviverem e construírem uma presença on-line em um contexto em que as compras serão cada vez mais feitas na internet", explicou George Lee, diretor de gerenciamento de produtos do Facebook.
"Um terço das PMEs [pequenas e médias empresas] dos EUA que consultamos durante um estudo afirma que não está operacional no momento" devido à pandemia, disse ele. Outro terço "só tem atividade on-line", acrescentou.
As PMEs que usarem o Facebook Shops terão a opção de pagar por anúncios que redirecionam os usuários para suas vitrines.
Nos Estados Unidos, algumas poderão experimentar o botão "checkout", que já existe no Instagram e permite que os consumidores paguem por suas compras sem serem redirecionados para o site do comerciante.
A rede social também vai reforçar as compras "ao vivo", ou seja, a incorporação de links para produtos exibidos em vídeos ao vivo, um formato cada vez mais popular.
Com as medidas de distanciamento, o Facebook está em uma situação paradoxal, com um grande aumento no tempo que os usuários dedicam às suas plataformas, mas em um contexto de orçamentos reduzidos em publicidade, importante fonte de renda da mídia social. (AFP)
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