Empresas transferem mais dados digitais para a nuvem
Companhias se apressam para proteger informações da força de trabalho a distância. Crédito da foto: Reprodução
Um levantamento da Thales, empresa de tecnologia, com 100 executivos de Tecnologia da Informação (TI) do Brasil e outros 100 do México mostra que empresas e organizações dos dois países estão transferindo mais dados para a nuvem, apesar de ambos continuarem atrás de outras partes do mundo quando se trata de transformação digital. A pesquisa revela que as organizações brasileiras, por exemplo, estão próximas de um ponto decisivo do uso da nuvem. Quase metade (47%) de todos os dados já é armazenada nesses ambientes, sendo 47% desse total considerados confidenciais.
“A estimativa é que a transformação digital se acelere na América Latina, desempenhando um papel fundamental ao ajudar as empresas a se ajustarem ao ambiente de trabalho atual, bem como a se prepararem para a recuperação comercial pós-Covid-19”, diz o relatório da Thales.
Apesar de 45% dos entrevistados terem indicado que sua organização já sofreu alguma violação, todos disseram que a segurança de dados representa uma parte muito pequena (em média, apenas 15%) do seu orçamento geral de segurança de TI -- o mais baixo de qualquer região estudada.
Entre as soluções tecnológicas para armazenamento na nuvem, 80% usam dois ou mais provedores de Plataforma como Serviço (PaaS); 74% dois ou mais provedores de Infraestrutura como Serviço (IaaS); e 84% mais de 11 provedores de Software como Serviço (SaaS).
“A adoção da nuvem deve aumentar à medida que as empresas brasileiras continuam se apressando para proteger uma força de trabalho remota. E 42% das companhias esperam que a demanda por investimentos em tecnologia de segurança de dados aumente em decorrência da Covid-19”, diz o documento.
Com a migração de dados cada vez maior para ambientes multinuvem, as arquiteturas de dados ganham complexidade -- o que é a principal barreira para a implantação de sistemas de segurança para 44% dos entrevistados no Brasil.
Embora menos de um quarto (20%) dos entrevistados tenha sido reprovado em uma auditoria de compliance neste ano, a pesquisa também revelou que há um maior interesse na segurança de dados devido às regulamentações de privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). (Wagner Gomes - Estadão Conteúdo)