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Empregos na região de Sorocaba se recuperam no segundo trimestre

21 de Agosto de 2019 às 11:34

Considerando só o município de Sorocaba, houve fechamento de 985 vagas em junho. Crédito da foto: Luiz Setti/ Arquivo JCS (25/07/2016)

O nível de emprego na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) aumentou em 1.857 postos de trabalho no segundo trimestre de 2019. O número é o resultante entre as 51.436 admissões ante 49.579 desligamentos no período. O balanço foi divulgado pela Fundação Estadual de Análise de Dados (Seade), órgão vinculado ao governo estadual.

Composta de 27 municípios, a RMS detém 4,2% do total dos empregos formais do Estado de São Paulo, segundo a Seade. As ocupações com maiores saldos positivos na geração de vagas formais no segundo semestre foram o trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (1.038 vagas) e no de cana-de-açúcar (443), ambas na agricultura. As ocupações com maiores saldos negativos foram vigilante (1.158 vagas extintas) e vendedor de comércio varejista (295).

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Os dados da Seade também levam em conta os registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Considerando só o município de Sorocaba, houve fechamento de 985 vagas em junho, conforme o Caged, com todos os principais setores demitindo. No ano (1º semestre), o saldo do município segue positivo, com 1.535 empregos gerados, assim como no acumulado dos últimos 12 meses, com a criação de 3.158 vagas.

Sorocaba gera 899 empregos em novembro As ocupações com maiores saldos negativos foram vigilante e vendedor de comércio varejista. Crédito da foto: Aldo V. Silva / Arquivo JCS (14/3/2017)

Sinais de recuperação

Na análise do economista e professor universitário Sidney Oliveira sobre os dados regionais, não é possível fazer uma avaliação separada do contexto nacional, que tem apresentado registros positivos na criação de vagas formais. Ele admite que isso significa que a economia começa a dar sinais de recuperação, embora o cidadão ainda não sinta isso diretamente porque o desemprego, na casa de 12 milhões de pessoas, ainda é grande.

Oliveira recorda que há dois ou três anos o desemprego apresentava tendência de alta. Essa tendência parou e quis esboçar uma reação, mas turbulências ligadas a questões políticas prejudicaram esse ritmo. Agora, ele calcula que o nível do dólar ainda é favorável às exportações e a capacidade das empresas ainda é ociosa.

“A gente começa a observar que a coisa começa a querer reagir”, considera o economista. “Vejo isso como um sinal positivo e é o que é esperado. Alguns investimentos começam a ser divulgados. A geração de emprego mesmo, numa proporção em que a população possa sentir melhorando alguma coisa, vai demorar um tempinho. Mas é um bom sinal.”