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Em 2 meses, carne sobe 29% em Sorocaba

11 de Dezembro de 2019 às 00:01

Em 2 meses, carne sobe 29% em Sorocaba Levantamento de preços foi feito em cinco supermercados. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (27/11/2019)

Quem vai com frequência a supermercado ou açougue sabe que o preço da carne bovina subiu bastante nas últimas semanas. Com isso, também aumentou a carne suína, de frango e os ovos.

Pesquisa do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas (LCSA) da Universidade de Sorocaba (Uniso) mostra que na cidade a carne bovina subiu até 29% em dois meses, entre a primeira semana de outubro e a primeira semana que dezembro, Foram analisados preços em cinco grandes supermercados da cidade (Santo, Walmart, Coop, Extra e Paulistão).

A alta da carne compromete mais o orçamento dos pobres, que buscam alternativas ou compram em menor quantidade. De acordo com o Ministério da Agricultura, o preço já começou a baixar no início de dezembro.

A pesquisa da Uniso mostrou que na primeira semana de outubro o quilo da carne bovina de 1ª custava em média R$ 24,23 em Sorocaba e na primeira semana de dezembro passou a R$ 31,31, elevação de 29%. A carne bovina de 2ª foi de R$ 17,45 para R$ 21,49 no mesmo período (23,1%) e a carne suína subiu de R$ 14,58 para R$ 18,09 (25,6%). O aumento da carne suína, surpreendentemente, foi maior que a carne bovina de 2ª, apontou a pesquisa da Uniso.

Entre os cortes de 1ª, a alcatra teve o maior aumento em dois meses, de R$ 26,65 o quilo em média em outubro para R$ 37,34 em dezembro (40,1%). Para as carnes de 2ª, a costela bovina foi a que subiu mais, de R$ 13,25 o quilo para R$ 18,29 (38,2%). E na carne suína, a paleta subiu de R$ 9,74 para R$ 14,44 (48,3%) - maior aumento registrado entre todos os cortes.

Os menores aumentos verificados foram do lombo suíno, cujo preço médio passou de R$ 17,19 para R$ 20,65 (20,1%); do acém, de R$ 17,45 para R$ 21,09 (20,9%) -- carne de 2ª --; e do coxão mole, de R$ 25,17 para R$ 31,14 (23,7%) -- carne de 1ª.

O principal motivo para a alta da carne é o aumento das exportações, sobretudo para a China. Houve queda da produção de carne de porco no gigante asiático devido à peste suína africana. Com isso, a China ampliou a compra de carne bovina do Brasil, um dos principais produtores mundiais.

Também contribuíram para os preços maiores da carne no mercado interno o aumento da demanda por causa das festas de fim de ano e a alta do dólar, que torna a exportação mais atrativa aos produtores brasileiros.

Na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM) participaram de uma transmissão nas redes sociais e disseram que o preço da carne bovina deve cair. O ministério informou que houve recuo de 9% na primeira semana de dezembro. (Da Redação)