Dólar recua a R$ 4,85 e Bolsa acumula sete altas seguidas
Menor nível desde 13 de março. Crédito da foto: Marcello Casal Jr. / Arquivo JCS (11/4/2016)
O dólar teve o terceiro dia seguido de queda e já acumula desvalorização de 19% desde que atingiu a máxima histórica intradia, R$ 5,97, há pouco menos de um mês, em 14 de maio. Só em junho, o dólar já caiu 9%. A valorização do real continua sendo puxada pelo cenário externo favorável, com a visão de que a recuperação da economia será mais rápida nos Estados Unidos e regiões da Europa, e uma melhora do ambiente político doméstico.
Em meio à liquidez em excesso nos países desenvolvidos, a avaliação mais otimista dos investidores sobre a retomada da economia estimula a busca por ativos de risco e a desmontagem de posições contra o real no mercado futuro. O dólar à vista fechou em queda de 2,73%, cotado em R$ 4,8544, menor valor desde 13 de março.
Os ativos da América Latina, especialmente os do Brasil e México, que haviam piorado mais que outras regiões do planeta, agora se recuperam, avalia o economista-chefe para mercados emergentes da consultoria inglesa Capital Economics, William Jackson.
Após acumular alta nas três semanas anteriores, com ganhos progressivos respectivamente de 5,95%, 6,36% e 8,28%, o Ibovespa se manteve ontem em terreno positivo pela sétima sessão consecutiva, a mais longa desde a série de nove ganhos observada entre 14 e 26 de fevereiro de 2018, quando então, no retorno do Carnaval, o mercado reagia à perspectiva de crescimento global mais forte, que resultava também em escalada dos preços das commodities.
Acentuando os ganhos no fim da sessão, o Ibovespa mostrou fôlego em relação ao exterior para fechar em alta de 3,18%, aos 97.644,67 pontos, perto do pico do dia. No ano, o índice limita agora as perdas a 15,57%, e em um mês o avanço chega a 21,66%. (Estadão Conteúdo)