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Deflação medida pelo IPCA em maio é 2ª maior do Plano Real

11 de Junho de 2020 às 00:01

Deflação medida pelo IPCA em maio é 2ª maior do Plano Real Preços dos combustíveis tiveram queda de 4,5% em média. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (4/6/2018)

A queda de 0,38% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, ante recuo de 0,31% em abril, foi a menor variação mensal desde agosto de 1998, quando recuou 0,51%. “Essa é a segunda maior deflação do Plano Real”, frisou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No período, a queda de 27,14% nos preços das passagens aéreas deu a principal contribuição para a deflação de 0,45% registrada pelos serviços no IPCA. Em abril, a inflação de serviços foi de 0,25%.

“A deflação de serviços foi puxada por passagens aéreas e outros serviços que continuam em queda, ligados a turismo, como hospedagem e pacotes turísticos”, ressaltou.

Já os preços de bens e serviços monitorados pelo governo passaram de uma redução de uma deflação de 2,06% em abril para recuo de 1,02% em maio.

Os preços dos combustíveis diminuíram 4,56%. A gasolina ficou 4,35% mais barata, item de maior contribuição negativa para o IPCA de abril, - 0,20 ponto porcentual.

“A gasolina continua sendo disparado o subitem de maior peso, então qualquer variação significativa de preços tem impacto significativo no índice‘, disse Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. Também houve reduções nos preços do etanol (-5,96%) e do óleo diesel (-6,44%).

Todas as 16 áreas pesquisadas pelo IPCA tiveram deflação em maio O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (-0,60%), com a queda nos preços da gasolina (-6,61%) e das passagens aéreas (-28,14%).

A deflação menos intensa foi a da região metropolitana do Recife (-0,18%), com altas nos preços da cebola (31,31%) e do automóvel novo (1,86%), além de uma queda menos intensa nos preços da gasolina (-3,59%).

Segundo o IBGE, a última vez em que todas as regiões registraram deflação foi em junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23%.

Acumulado

Com o resultado de maio de 2020, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 2,40% em abril para 1,88%, ante uma meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano.

A taxa do IPCA em 12 meses foi a mais baixa desde janeiro de 1999, quando estava em 1,65%. (Daniela Amorim - Estadão Conteúdo)