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Copom reduz juros básicos para 2% ao ano

06 de Agosto de 2020 às 00:01

Copom reduz juros básicos para 2% ao ano Taxa Selic foi para o menor nível na série histórica do BC. Crédito da foto: Bruno Rocha / Fotoarena / Arquivo Estadão Conteúdo

Em meio à crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central (BC) diminuiu os juros básicos da economia pela nona vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 2% ao ano, com corte de 0,25 ponto percentual. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Em nota, o Copom informou não descartou futuros ajustes nos juros básicos, mas ressaltou que as próximas mudanças, caso ocorram, serão graduais dependerão da situação das contas públicas. “O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado (juros excepcionalmente baixos), mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”, destacou o comunicado.

“Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva (expectativa de inflação para os próximos meses)”, acrescentou o texto.

Com a decisão de ontem, a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018, só voltando a ser reduzida em julho de 2019.

Entidades do setor produtivo consideram acertada a redução da Selic para 2% ao ano, o menor nível da história. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), juros baixos ajudam a conter efeitos da crise. (Agência Brasil)