Buscar no Cruzeiro

Buscar

Compras de Natal movimentam comércio do centro

01 de Dezembro de 2018 às 16:45

Expectativas do comércio variam entre o otimismo e a cautela: Crédito da foto: Fábio Rogério

Como ocorre tradicionalmente nesta época do ano, a manhã de sábado do primeiro dia de dezembro começou com movimentação intensa de pessoas e veículos no centro de Sorocaba. E isso acontece após o término do prazo, no fim de novembro, para o pagamento da primeira parcela do 13º salário. Nesse início de mês, a possibilidade de quanto desse volume irá para as compras de Natal ainda faz parte das expectativas do comércio, que variam entre o otimismo e a cautela.

Otimista está o gerente de uma loja de calçados da rua Barão do Rio Branco, Alexandre Lucas Martins, de 34 anos. Ele trabalha com a expectativa de que as vendas no Natal deste ano serão melhores do que nos dois anos anteriores. “Melhora de 15%”, ele projeta. Acredita que o povo está “mais confiante” na economia brasileira. Por exemplo, acha que o 13º salário será usado pelas pessoas mais para compras do que para pagamento de dívidas.

[irp posts="49102" ]

O presidente da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), empresário Sérgio Reze, também acredita que as vendas vão superar o desempenho na comparação com o ano passado: “Há uma expectativa muito boa.” Entre os fatores que levam a isso, ele enumera a realização das eleições de outubro, que “dentro da normalidade democrática” definiram o nome do novo presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e do novo Congresso Nacional.

A cautela fica por conta da avaliação feita pelo gerente de vendas Jefferson Gomes da Silva, de 28 anos, também de uma loja de calçados do bulevard Barão do Rio Branco: “A expectativa não é tão positiva, não. Por mais que a gente queira ser otimista, a gente tem que ser realista.” Mas admitiu a projeção de trabalhar por um crescimento de 5% a 10% nas vendas em relação ao ano passado.

De acordo com Jefferson, as vendas nos setores de roupas e calçados registraram quedas neste ano, o que é diferente do setor de automóveis. Segundo ele, os “tiquetes médios” por compras também diminuíram. Isto é, um consumidor que buscava um calçado por R$ 50, agora quer o mesmo produto por R$ 40. E esse comportamento, quando calculado pela soma acumulada, gera impacto no conjunto total das vendas.

 

Nas ruas e diante das vitrines, o consumidor também reflete as expectativas entre otimismo e cautela. Crédito da foto: Fábio Rogério

Ruas e vitrines

Nas ruas e diante das vitrines, o consumidor também reflete as expectativas entre otimismo e cautela. A funcionária pública municipal Ana Lúcia Bitencourt Rosa, de 41 anos, o supervisor comercial César Felizardo, de 38 anos, e o operador de máquina Vanderlei de Amorim, de 45 anos, por exemplo, sem se conhecerem, foram ao centro da cidade na manhã deste sábado (1º), mas com objetivos diferentes. Ana Lúcia levava sacolas com presentes, César foi efetuar pagamentos em lojas por compras anteriores e Vanderlei tinha a disposição de “fazer comprinhas, mas bem de leve”.

 

Ana Lúcia disse que comprou presentes para a festa das crianças que acontecerá na Igreja Católica da Vila Jardini. “É só o começo (das compras de Natal”, ela deixou claro. Por sua vez, César pretende fazer compras de Natal só perto da data (25), em torno de 20 de dezembro, para a brincadeira de amigo secreto que a família e amigos realizam no ano-novo. “Não comemoro o Natal, não acredito em data comemorativa do Natal, mas prestigio o Réveillon”, disse César, que foi ao Centro com a esposa e dois dos quatro filhos. E Vanderlei disse que curte o Natal porque “o mais principal é o nascimento de Jesus”.

Dupla de palhaços diverte criançada e anima clima natalino. Crédito da foto: Fábio Rogério

Palhaços no clima

Os artistas de rua Weverton Santos, de 23 anos, e Eduardo Queiroz Santos, de 37 anos, vestidos de palhaços com roupas coloridas, também entraram no clima de Natal oferecendo bexigas para crianças no cruzamento dos bulevares Braguinha e Barão do Rio Branco. “O carro-chefe do palhaço é a animação”, disse Eduardo. “Quantas crianças carentes precisam de um abraço, de um sorriso, e até os adultos acabam interagindo. É um trabalho legal que a gente faz aqui.” Amigos, Weverton e Eduardo são animadores de festas e usam a rua para divulgação do trabalho que fazem. Em dezembro, pelo colorido das roupas de palhaço, acabam por se integrar às comemorações do Natal.

Galeria

Confira a galeria de fotos