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CNI: subsídio na conta de energia para baixa renda deve ser repartido

26 de Abril de 2020 às 00:01

CNI: subsídio na conta de energia para baixa renda deve ser repartido Crédito da foto: Luiz Setti/ Arquivo JCS (05/03/2013)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer que os custos do subsídio à conta de luz dos consumidores de baixa renda sejam distribuídos em toda a cadeia do setor elétrico e não sejam repassados apenas aos consumidores. Em nota, a entidade afirma que o aporte de R$ 900 milhões, prometido pelo Tesouro Nacional para ajudar a isentar a conta dos cadastrados no programa Tarifa Social, não será suficiente para bancar as despesas.

“É imprescindível que essa conta seja repartida entre todos os agentes da cadeia produtiva do setor elétrico, sob o risco de sobrecarga na conta de luz estimada em 20% nas tarifas para os próximos anos. A tarifa de energia no Brasil já está muito cara para suportar novos aumentos”, diz a entidade.

A CNI decidiu apoiar a Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace), que reuniu mais de 60 associações em um movimento para evitar um novo tarifaço. A confederação afirma que o aumento do custo da energia será um empecilho para a retomada da atividade da indústria e da economia após a pandemia do novo coronavírus.

“Uma das medidas mais urgentes é que, durante a pandemia, haja acordo para que a demanda de energia seja paga sobre o que foi consumido, e não sobre o que foi contratado, abrindo-se a possibilidade de compensações após a crise”, diz a entidade.

A maior preocupação da CNI é que as medidas para fazer frente à crise se convertam em encargos e taxas permanentes sobre a conta de luz. Para ajudar o setor, a entidade pediu a isenção de tributos federais e encargos setoriais sobre a energia por três meses. (Anne Warth - Estadão Conteúdo)