Shoppings voltariam a funcionar na segunda etapa e academias e lojas de cosméticos ficariam para a quarta etapa. Crédito da foto: Luiz Setti / Arquivo JCS (21/8/2015)

Enquanto alguns Estados e municípios discutem um endurecimento das medidas de isolamento social, com a imposição do chamado “lockdown” (confinamento obrigatório), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) lançou na sexta-feira um guia com orientações para a retomada das atividades econômicas, quando houver relaxamento das restrições. Num cronograma que não menciona datas, o guia coloca a reabertura dos shopping centers numa “segunda etapa” da retomada, enquanto lojas de cosméticos, academias de ginástica e livrarias voltariam a funcionar por último, na “quarta etapa”.

“Estados e municípios que se enquadrarem nas recomendações do Ministério da Saúde, e que já tiverem seus decretos e normas de retomada estabelecidos, estariam aptos a iniciar a gradativa reabertura do comércio e serviços”, diz o trecho do guia que sugere o cronograma. “Atividades que geram alto risco de aglomeração, como eventos, museus, cinemas, turismo em geral, clubes, shopping centers, academias, atividades de lazer e esportivas, só poderão retomar suas atividades quando a pandemia estiver controlada”, diz outro trecho.

Ainda conforme o cronograma proposto pela CNC, todas as atividades já tidas como essenciais (supermercados, padarias a farmácias) seriam reabertas na “primeira etapa”. Nessa fase, também voltariam a funcionar lojas de material de construção, oficinas mecânicas, imobiliárias, óticas e lavadoras de veículos, assim como a feiras livres, desde que sem venda de produtos para consumo no local, entre várias outras atividades.

Na “segunda etapa”, além dos shopping centers, seriam reabertos os restaurantes (“exceto self-service, respeitando o espaço entre as mesas”, diz o guia), agências de turismo, lojas de móveis, papelarias, entre outros. Para os shoppings, centros comerciais e galerias, a recomendação é “intercalar o funcionamento em turnos”, abrindo as “praças de alimentação com horário reduzido e distanciamento entre as mesas”.

Na “terceira etapa”, seriam reabertos hotéis, salões de beleza, lojas de eletrodomésticos, lojas de roupas e calçados, além dos bares. Na “quarta etapa” da reabertura, estão livrarias, lojas de discos, de celulares e as academias de ginástica.

O guia também traz recomendações de segurança para o momento de reabrir os estabelecimentos. Algumas das orientações incluem controlar o fluxo de clientes, mantendo a distância de 1,5 metro entre eles, proibir o acesso de consumidores sem máscara, oferecer álcool gel para higienização das mãos de clientes e funcionários e, no caso das lojas de cosméticos, evitar a disponibilização de provas de “batom, perfumes, bases, pós, sombras e cremes hidratantes, entre outros”.

Além do cronograma de reabertura, o guia da CNC traz informações úteis para os empresários, como recomendações dos ministérios da Economia e da Saúde, lista das medidas de apoio aos negócios já anunciadas pelo governo federal e das linhas de crédito emergenciais disponíveis. Há também recomendações de gestão, como investir em marketing digital, comércio eletrônico e entregas a domicílio. (Vinicius Neder - Estadão Conteúdo)