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Cesta básica tem alta de 4,4% em Sorocaba

13 de Outubro de 2020 às 09:15

Preço do óleo subiu 35% entre agosto e setembro nos supermercados de Sorocaba. Crédito da Foto: Vinicius Fonseca / Arquivo JCS (04/09/2020)

O óleo de soja e o arroz foram os itens que mais subiram, em setembro, na cesta básica sorocabana, pesquisada pela Universidade de Sorocaba (Uniso). O preço do óleo (900 ml) passou - em média - de R$ 4,71 em agosto para R$ 6,37 em setembro (35%), e o arroz (pacote de 5 kg) foi de R$ 19,25 para R$ 23,39 (21,5%). Ovos também tiveram alta, de R$ 7,94 a dúzia para R$ 8,62 (8,5%).

Esses produtos contribuíram para a elevação de 4,4% da cesta básica sorocabana entre agosto e setembro, bem mais que a inflação do mês passado, que pelo IPCA registrou 0,64%. No ano, a cesta básica sorocabana apresenta aumento de 13,7%, também acima da inflação oficial, que acumula 1,34% em 2020.

O preço da cesta em setembro (R$ 782,25), quando comparado com o mesmo mês de 2019 (R$ 612,09), teve um aumento de 27,8%, ou seja, R$ 170,16 pagos a mais pelo consumidor, de acordo com a pesquisa da Uniso. Quando comparado com o mês anterior, agosto (R$ 748,25), a diferença é de R$ 33,36.

Os grupos de bens que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, em setembro, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (5,01%), limpeza (-2,81%) e higiene pessoal (-0,45%). Dos 34 itens pesquisados, 22 apresentaram alta no preço.

O óleo de soja acumula alta de 72,5% no ano. O principal motivo é o encarecimento do seu principal insumo, a soja. Os principais motivos para isso se devem à cotação do dólar e ao aumento da exportação. Também pesa a alta da demanda de soja para o produção do biodiesel, conforme o relatório da pesquisa.

A segunda maior escalada de preço entre agosto e setembro foi verificada no arroz. “Já foram oito altas consecutivas no ano. O arroz já acumula uma alta de 54,8% em 2020, sendo o terceiro item da cesta básica que mais teve aumento. A principal explicação para a alta do arroz foi a baixa oferta do cereal devido à redução da área plantada, que, por sua vez, ocorreu porque os produtores tiveram baixa rentabilidade no ano anterior. Além disso, houve restrição de oferta do por alguns países exportadores, com vistas a assegurar o abastecimento interno, e a alta do dólar frente ao real”, diz o relatório.

As carnes bovinas, de 1ª e de 2ª, subiram 7,9% e 6,5% respectivamente. O preço médio do quilo da carne de 1ª em setembro era de R$ 30,64 enquanto a de 2ª era de R$ 23,22.

Redução

Por outro lado, o item que apresentou a maior queda de preço foi o alho (-30,6%), passando de R$ 7,02 (200 gr.) em agosto para R$ 4,87 em setembro. A razão foi aumento da colheita e a importação de alho chinês com valores bem competitivos. A batata também apresentou queda (de -21,4%), pelo quarto mês consecutivo, passando de R$ 4,02 o quilo em agosto para R$ 3,16 em setembro. Houve aumento da oferta por causa da ampliação da colheita.

Tomate, cebola e feijão também tiveram queda de preço em agosto. O pacote de 1 quilo de feijão passou de R$ 8,42 para R$ 7,89 (-6,4%). (Da Redação)