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Cesta básica sobe 1,2% em março em Sorocaba, mais que a inflação

09 de Abril de 2019 às 00:21

Cesta básica sobe 1,2% em março, mais que a inflação Alta da batata, de 17%, é atípica para a época do ano. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (8/3/2019)

A cesta básica sorocabana apresentou uma alta de 1,27% em março, acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA-15), que foi de 0,54% no mês. O valor de R$ 608,41 é o maior desde agosto de 2016, quando era R$ 609,94. A alta maior que a inflação indica que os produtos de consumo básica subiram, em média, mais que os preços em geral da economia, conforme o relatório da pesquisa, elaborada pela equipe do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso.

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Nos dois primeiros meses de 2019, a cesta teve alta de 0,39% em janeiro e 2,03% em fevereiro. Dos 34 itens, 22 subiram de preço em março. A batata liderou, com aumento de 17%, passando de R$ 4,28 o quilo em fevereiro para R$ 5,01 em março. Os motivos foram a redução da oferta devido às fortes chuvas em grandes regiões produtoras e a redução da área plantada. A alta da batata é atípica para março, quando normalmente há queda.

A segunda maior alta foi do alho (12,54%), de R$ 2,95 (200 g) em fevereiro para R$ 3,32 em março. Depois veio o frango (10,11%), de R$ 5,64 o quilo em fevereiro para R$ 6,21 em março. O maior volume exportado reduziu a oferta interna do frango e com isso aumentou o preço. Apesar de ter sido o terceiro produto que mais subiu em março, devido ao seu peso na cesta básica foi o que mais contribuiu para a alta da cesta.

Outro item que iniciou março com aumento foi a farinha de mandioca (6,93%), passando de R$ 3,32 (500 g) em fevereiro para R$ 3,55 em março.

Feijão

O feijão carioca (pacote de 1 kg) foi o oitavo produto da cesta de maior alta (4,42%), custando em média R$ 8,50 em março. O feijão aumentou bastante em meses anteriores devido à menor oferta e seu preço continua alto.

Por outro lado, os itens que tiveram as maiores quedas em março foram o açúcar refinado (-5,74%), que custava R$ 2,09 (1 kg) em fevereiro e R$ 1,97 em março. As chuvas ajudaram no cultivo de cana-de-açúcar do Brasil e amenizaram as perdas com a estiagem até o início deste ano.

O café também apresentou queda (-1,74%), de R$ 9,76 (500 g) para R$ 9,59 (por causa da boa safra colhida no ano passado), assim como a carne de 1ª (-1,03%), de R$ 22,38 o quilo para R$ 22,15.

Apesar de alta no preço em março, o frango continua sendo opção econômica de proteína animal. Para substituir a carne bovina (mais cara), a carne suína também é alternativa. Com a proximidade da Semana Santa, o consumidor deve pesquisar pois o peixe costuma ficar mais caro. (Da Redação)