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Câmara amplia margem para consignados

10 de Março de 2021 às 00:01

Câmara amplia margem para consignados Crédito da foto: Arquivo JCS

A Câmara aprovou a redação final de uma medida provisória que amplia a margem de crédito consignado durante a pandemia do novo coronavírus. O texto-base já havia sido aprovado na noite de segunda-feira e, no final da noite, todos os sete destaques -- propostas que mudavam o teor da proposta -- foram rejeitados. O texto segue agora para o Senado e precisa ser votado até amanhã, prazo em que a MP perde a validade.

A MP 1006 amplia o limite de comprometimento da renda dos atuais 35% para 40% -- sendo 35% para consignados e 5% para saque ou pagamento de cartão de crédito. Hoje, o limite é de 35%: 30% para empréstimos com desconto em folha e 5% para cartão de crédito.

Em seu parecer, o relator, deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), acatou parcialmente cinco emendas que haviam sido propostas pelos parlamentares.

Entre as mudanças aprovadas está a inclusão de trabalhadores com carteira assinada (CLT), servidores públicos da União e estaduais, além de militares da ativa e reformados e policiais militares entre os contemplados com o novo limite. Originalmente, a MP previa atender apenas beneficiários do INSS, como aposentados e pensionistas.

A decisão sobre a carência ficará a critério dos bancos. Segundo ele, a proposta foi previamente negociada com as instituições financeiras e representa um meio-termo em relação àquilo que os parlamentares desejavam, que era a suspensão unilateral. “Os grandes bancos vão aderir. Só não poderíamos propor que fosse obrigatório porque seria inconstitucional”, afirmou.

O texto permite ainda ao INSS conceder o benefício do auxílio-doença aos trabalhadores por meio da apresentação de atestado médico e documentos complementares que comprovem a existência da doença. As perícias poderão ser realizadas até 31 de dezembro deste ano. O prazo máximo de concessão do benefício nessas condições será de 90 dias. A proposta é uma tentativa de reduzir as filas para perícia, que aumentaram em razão da pandemia da Covid-19. (Anne Warth - Estadão Conteúdo)