Brasil e México adiam acordo de livre comércio de caminhões
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Brasil e México decidiram ontem estabelecer um período de transição de três anos para a entrada em vigor do acordo de livre comércio de veículos pesados (caminhões e ônibus) entre os dois países. Com isso, foi postergado para julho de 2023 o prazo estabelecido anteriormente para liberalização do comércio de veículos pesados, que era de julho de 2020.
Em nota conjunta divulgada nesta quinta, os ministérios da Economia e das Relações Exteriores informam que, pelo novo instrumento, o comércio desses veículos entre os dois países será liberado progressivamente, sendo a margem de preferência de 20% a partir de 1º de julho de 2020 ou da data de sua entrada em vigor; de 40% a partir de 1º de julho 2021; de 70% a partir de 1º de julho de 2022, alcançando a liberalização total em 1º de julho de 2023. No caso das autopeças de veículos pesados, o livre comércio terá início imediato, já a partir de 1º de julho de 2020 ou quando entrar em vigor o protocolo.
Em 19 de março do ano passado, entrou em vigor o livre comércio para automóveis leves entre Brasil e México, o que significa o comércio bilateral automotivo sem cobrança de tarifas ou limitação quantitativa. Na ocasião, ficou estabelecido que, no caso de veículos pesados, o acordo iria vigorar a partir de 1º de julho deste ano. A medida estava prevista no Acordo de Complementação Econômica, que regula o comércio automotivo e a integração produtiva entre os dois países desde 2002.
O governo do México também se pronunciou e, em nota, esclarece que “o acordo alcançado concederá, por um lado, mais tempo para os setores de produção de veículos pesados se adaptarem à concorrência e, por outro lado, para que a planta possa manter sua atividade em uma situação extremamente adversa”. (Estadão Conteúdo)