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Bradesco tem maior lucro da AL no 1º semestre

29 de Agosto de 2020 às 00:01

Bradesco tem maior lucro da AL no 1º semestre Banco lucrou R$ 6,8 bi. Crédito da foto: Luiz Setti / Arquivo JCS (5/7/2013)

No primeiro semestre de 2020, marcado pela pandemia, o Bradesco superou o Itaú Unibanco, seu maior rival, e ficou no topo da lista das companhias abertas com os maiores lucros na América Latina. Segundo levantamento realizado pela Economatica, uma empresa de dados financeiros, o Bradesco fechou o semestre com lucro líquido de US$ 1,257 bilhão (R$ 6,888 bilhões), enquanto o Itaú Unibanco, o segundo colocado, teve ganho de US$ 1,246 bilhão (R$ 6,825 bilhões).

A pesquisa incluiu 582 empresas de diferentes setores que divulgaram os balanços do segundo trimestre, para compor o resultado semestral, até o dia 21. O levantamento levou em conta o lucro contábil atribuído aos acionistas, usado como base para distribuição de dividendos, e deixou de fora a parcela do resultado que vai só para os minoritários das subsidiárias.

Segundo André Cano, vice-presidente do Bradesco para as áreas de finanças e riscos, quatro fatores principais explicam o resultado do banco, que, mesmo no topo do pódio, registrou uma queda de cerca de 40% no lucro líquido nos primeiros seis meses do ano em relação a igual período de 2019. Ele destaca a redução nominal (sem incluir a inflação) de 3% nas despesas, o aumento de 9,2% na margem das operações de tesouraria e com clientes e o crescimento de 14,9% na carteira de crédito em relação ao primeiro semestre de 2019.

Destaca também o aumento do número de correntistas em 2,1 milhões, para 31,3 milhões, graças à conquista da folha de pagamento de grandes empresas, ao crescimento do Bradesco Expresso, que atua com correspondentes bancários, e à abertura de novas contas pelo Next, o banco 100% digital do Bradesco.

A Petrobras foi a empresa que teve o maior prejuízo, com perda de US$ 9,4 bilhões (R$ 51,5 bilhões), segundo o levantamento da Economatica. De acordo com a diretora financeira e de relacionamento com investidores da estatal, Andrea Marques de Almeida, o prejuízo foi provocado pela redução do consumo de combustíveis no mercado interno, em função das medidas de isolamento social e da diminuição da atividade econômica, e pelas provisões feitas para cobrir o plano de demissão voluntária proposto aos funcionários.

Também teve forte impacto no resultado do período a reavaliação realizada nos ativos da companhia, como os campos de petróleo, para adequá-los às novas expectativas para os preços internacionais do produto no longo prazo, inferiores aos previstos antes da pandemia. (Estadão Conteúdo)