Buscar no Cruzeiro

Buscar

Bolsonaro cogita mais 4 parcelas de R$ 250 no auxílio emergencial

26 de Fevereiro de 2021 às 00:01

Bolsonaro fala em mais 4 parcelas de R$ 250 no auxílio emergencial Crédito da foto: Marcello Casal Jr. / Arquivo Agência Brasil (7/4/2020)

O governo caminha para bater o martelo sobre os detalhes do pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial a partir do mês que vem. O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a ideia do benefício ser pago em quatro parcelas no valor de R$ 250.

“Estive hoje (ontem) com Paulo Guedes. A princípio, o que deve ser feito: a partir de março, por quatro meses, R$ 250 de auxílio emergencial”, disse em transmissão ao vivo nas redes sociais. “É isso que está sendo conversado em especial com os presidentes da Câmara e do Senado, porque a gente tem que ter certeza de que o que nós acertamos -- vai ser conjunto, não vai ser só eu e a equipe econômica, vai ser junto com Legislativo também”, declarou.

Bolsonaro voltou a destacar a situação de endividamento do País. Segundo ele, o pagamento do auxílio por mais quatro meses é “para ver se a economia pega de vez, pega para valer”. O presidente disse ainda que o governo espera “uma nova proposta para o Bolsa Família” após o pagamento do auxílio. “A gente espera no final dos quatro meses ter uma nova proposta para o Bolsa Família, ver como vai ser o Bolsa Família a partir de julho”, comentou.

Nesta quinta-feira, o Senado adiou a leitura do parecer da PEC Emergencial que possibilitará uma base jurídica para o pagamento do auxílio. O texto deve ser lido e votado na semana que vem. Há risco de fatiamento do texto para aprovação apenas do benefício, deixando as medidas de contenção de gastos para depois. A equipe econômica, porém, tenta evitar que isso ocorra.

Na transmissão ao vivo, Bolsonaro voltou a sugerir que a população cobre o auxílio emergencial de governadores e prefeitos. “Vão cobrar do prefeito, para o prefeito fazer auxílio emergencial, vão cobrar do respectivo governador, já que ele quer que você fique em casa eternamente e quer mandar a conta para nós pagarmos”, disse.

Na visão do presidente, com a demora e continuidade da política assistencialista do auxílio, “consequências danosas vêm para a economia como um todo”. “Tem muita gente que quer que a gente continue com isso eternamente. Isso não é dinheiro que está no cofre, está lá no Banco do Brasil, na Caixa Econômica. Isso é endividamento”, afirmou. (Emilly Behnke - Estadão Conteúdo)