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Bolsa recua e dólar volta para R$ 3,90 com noticiário político

16 de Agosto de 2018 às 10:53

Os mercados brasileiros viveram um dia de instabilidade nesta quinta-feira (16), apesar do tom positivo no exterior com o anúncio de que Estados Unidos e China voltarão à mesa de negociação para tentar resolver conflitos comerciais.

De manhã, o dólar caía em relação ao real, atingindo R$ 3,869 na mínima, em sintonia com a desvalorização da moeda americana pelo mundo -das 31 principais divisas, 20 avançaram sobre o dólar. A partir de 12h, no entanto, as cotações começaram a oscilar, e o dólar fechou em alta de 0,12%, a R$ 3,906.

Analistas apontam que investidores se assustaram com a notícia, vinculada pelo portal G1, de que o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) poderia ser alvo, antes do primeiro turno das eleições, de ações do Ministério Público de São Paulo, por improbidade administrativa.

Logo após a notícia circular, o dólar chegou a bater R$ 3,927. O Ibovespa, que tinha leve alta, passou a cair e terminou em baixa de 0,34%, a 76.818,72 pontos.

Alckmin é o candidato preferido do mercado, que o vê como um nome mais reformista. Investidores ficaram animados com a aliança entre o tucano e o centrão, que lhe rendeu quase 40% do tempo de TV na disputa, mas se preocupam porque a candidatura ainda não decolou nas pesquisas.

O presidenciável depôs na quarta-feira (15) no Ministério Público paulista em inquérito que apura suposto caixa dois em campanhas de 2010 e 2014. "O investidor está arisco em meio à volatilidade, se assustou e saiu comprando dólar. Ninguém quer ficar para trás. Depois, o mercado para, pensa e se acomoda", afirma Cleber Alessie, operador de câmbio da H.Commcor.

Segundo ele, o movimento é um típico exemplo da temporada especulativa do período eleitoral. "O tema ficou um pouco fora do radar com a situação na Turquia, mas agora voltou para o horizonte do investidor."

Lá fora, o viés foi positivo para Bolsas e moedas emergentes, após a China anunciar que vai realizar nova rodada de negociações com os Estados Unidos, suavizando tensões sobre a guerra comercial entre os dois países. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, subiu 1,58%.