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Bancos liberam mais de R$ 900 bi, diz Febraban

02 de Junho de 2020 às 00:01

Bancos liberam mais de R$ 900 bi, diz Febraban
Financiamento a pessoas jurídicas teve aumento de 36%. Crédito da foto: Marcos Santos / USP Imagens

Os bancos liberaram R$ 914,2 bilhões entre contratações, renovações e suspensão de parcelas de empréstimos durante a pandemia do novo coronavírus, segundo balanço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) feito entre os 1º de março e 22 de maio deste ano. O impacto econômico da Covid-19 no País, contudo, deve impactar, na visão das instituições financeiras, na demanda por crédito.

De acordo com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, o total das concessões até 22 de maio já está próximo de R$ 1 trilhão, com “redução das taxas de juros e dos spreads, mesmo com forte aumento do risco de crédito registrado no período”. “Os números mostram que, mesmo em meio a um cenário adverso decorrente da pandemia, os bancos seguiram ampliando as concessões de crédito”, avalia ele.

Desde o início da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, os bancos já renegociaram 9,7 milhões de contratos com operações em dia, que somam R$ 61,5 bilhões. Essas operações foram postergadas por um prazo que varia de 60 a 180 dias, dependendo da instituição financeira. A maioria é representada por pequenas empresas e pessoas físicas, em um total de R$ 33,1 bilhões.

Para Sidney, os números apontam para um crescimento importante das operações de crédito neste período após a pandemia, em especial no segmento de pessoas jurídicas, se comparadas a 2019, quando já havia elevação na concessão de crédito. Entre março e abril, as concessões de crédito a este segmento totalizou R$ 379,417 bilhões, expansão de 36,7% ante mesmo intervalo de 2019

Na pessoa física, porém, o crédito encolheu 3,5% entre março e abril, para R$ 312,666 bilhões. A retração da demanda por novas contratações, conforme a Febraban, já era “esperada” devido à queda da atividade econômica decorrente da estratégia de distanciamento social para combater a doença. (Aline Bronzati - Estadão Conteúdo)