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Atividade recua 11,4% em três meses

15 de Julho de 2020 às 00:01

Atividade recua 11,4% em três meses Em maio houve pequena alta. Crédito da foto: Marcello Casal Jr / Arquivo ABR

A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus fez a atividade econômica no Brasil despencar 11,43% em apenas três meses, de março a maio, conforme dados divulgados ontem pelo Banco Central. No período, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) passou de 139,84 pontos para 120,42 pontos.

Este é o maior recuo porcentual para um período de três meses em toda a série histórica do BC, iniciada em janeiro de 2003. Nem na crise fiscal de 2015 e 2016 ou na turbulência global de 2008 o Brasil registrou uma queda tão intensa da atividade econômica em um período de três meses.

O intervalo de março a maio corresponde ao de maior isolamento social nas cidades brasileiras, que impactaram a atividade econômica nos mais diversos setores. Na visão do governo, porém, o pior momento já passou. Os dados do BC sugerem um início de retomada.

Apenas no mês de maio, o IBC-Br apresentou alta de 1,31% na comparação com abril, na série já ajustada sazonalmente. A alta é a primeira registrada desde fevereiro, quando houve elevação de 0,35% na atividade, considerando a série com ajustes sazonais.

A retomada da atividade em maio, no entanto, ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro. Conforme levantamento do Projeções Broadcast, economistas esperavam por alta entre 1,90% e 7,20% da atividade econômica em maio, após a forte retração de abril (-9,45%).

Os dados do BC mostraram ainda que a atividade econômica está longe dos níveis registrados no ano passado -- quando a economia também estava em processo de recuperação.

Considerando apenas maio, o IBC-Br despencou 14,24% em relação ao mesmo mês do ano passado, na série sem ajustes sazonais. De março a maio, o IBC-Br cedeu 10,22% em relação ao mesmo período de 2019. (Fabrício de Castro - Estadão Conteúdo)