Impostos e contribuições federais somaram R$ 140 bilhões no mês passado. Crédito da foto: Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil (20/2/2020)

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 140,101 bilhões em novembro, segundo a Receita Federal. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 7,31% na comparação com o mesmo mês de 2019.

Em relação a outubro deste ano, houve recuo de 9,79% no recolhimento de impostos. O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de novembro desde 2014. Naquele ano, a arrecadação de novembro atingiu R$ 142,286 bilhões.

O resultado das receitas veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Broadcast Projeções, que ia de R$ 115 bilhões a R$ 146 bilhões, com mediana de R$ 137,80 bilhões.

Segundo a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de novembro teve forte impacto negativo (queda de 7,40% ante novembro de 2019) principalmente por causa da queda das vendas de serviços.

O valor em dólar das importações também caiu, de 5,23%, na mesma base de comparação. Em contrapartida, as vendas de bens (6%) e produção industrial (1%) registram alta ante novembro. A Receita informou que entre os principais fatores não recorrentes e de alteração de legislação do mês geraram um recuo de 40,84% na comparação com novembro de 2019.

No acumulado do ano até novembro, a arrecadação federal somou R$ 1,320 trilhão, o menor volume para o período desde 2010. Devido aos impactos da pandemia, o montante ainda representa um recuo real de 7,95% na comparação com janeiro a novembro de 2019.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou ontem que a arrecadação registrada está em linha com a retomada da economia brasileira.

“Ainda estamos otimistas com resultado da arrecadação. O volume de compensações indica que está havendo apuração de tributos”, disse Malaquias.

Em novembro, as compensações tributárias somaram R$ 18,631 bilhões, ante R$ 9,520 bilhões do mesmo mês do ano passado. “Os números sinalizam trajetória positiva da arrecadação até o fim do ano”, acrescentou Malaquias. (Fabrício de Castro e Célia Froufe - Estadão Conteúdo)