Amazon e Apple retiram suporte ao Parler, seguindo movimento do Google
As regras do Parler não proíbem discursos de ódio e informações falsas, mas banem spams, ameaças de violência e outras atividades ilegais. Crédito da foto: Olivier Douliery / AFP (02/07/2020)
A Apple e a Amazon retiraram o suporte ao Parler, colocando um obstáculo à rede social que ganhou popularidade entre conservadores. Ao mesmo tempo, as duas gigantes escalaram, com o movimento, uma campanha de outras empresas de tecnologia para regular o conteúdo que veem como perigoso após o ataque ao Capitólio, em Washington, por apoiadores do presidente americano, Donald Trump.
A Amazon informou no sábado (9) que não forneceria mais serviços de computação em nuvem para o Parler, e a Apple suspendeu o aplicativo da empresa de sua App Store. As duas empresas afirmaram que o Parler não demonstrou, em conversas recentes, que pode endereçar adequadamente a ameaças de violência feitas através da plataforma.
"Sempre demos suporte aos diferentes pontos de vista representados na App Store, mas não há lugar em nossa plataforma para ameaças de violência e atividade ilegal", afirmou a empresa em um comunicado. "O Parler não tomou as medidas adequadas para endereçar a proliferação dessas ameaças à segurança das pessoas"
Os anúncios da Amazon e da Apple vêm um dia após o Google suspender o Parler de sua própria loja de aplicativos, citando violações aos requerimentos de moderação de conteúdo aos apps que distribui.
O Parler tem se posicionado como uma alternativa a plataformas maiores. Suas regras não proíbem discursos de ódio e informações falsas, mas banem spams, ameaças de violência e outras atividades ilegais. (Estadão Conteúdo)