Buscar no Cruzeiro

Buscar

Abiec: agroindústria organizada respeita sustentabilidade

19 de Julho de 2020 às 00:01

Abiec: agroindústria organizada respeita sustentabilidade Associação das indústrias exportadoras de carne defende maior fiscalização. Crédito da foto: Divulgação

A diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Liège Nogueira, garantiu que a agroindústria exportadora de carne bovina trabalha com sustentabilidade. “Temos demanda do mercado externo e do consumidor daqui e de fora para sermos sustentáveis e rastrearmos a compra dos animais, cuidar do desmatamento ilegal, entre outras exigências”, disse Liège.

“A agroindústria organizada tem feito isso”, reforçou ela em webinar promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), sob o tema “O agro depois da porteira”, realizado no último dia 13 de julho. A diretora da Abiec disse, entretanto, que, além de a indústria legalizada ter de lidar com três tipos de fiscalização nos abates -- nas esferas federal, estadual e municipal --, tem de conviver também com os fornecedores ilegais de animais, aqueles não fiscalizados, que produzem o que ela chama de “boi pirata”, além do desmatamento ilegal.

“Mesmo que nós façamos tudo corretamente, temos de olhar para este problema também, porque ele afeta a imagem da cadeia como um todo”, observou. “A imagem que vai para fora é aquela de quem cria mal bovinos; a imagem de quem paga impostos ninguém tem interesse em divulgar”, criticou.

Por isso, a representante da Abiec disse ser necessário que governo e iniciativa privada trabalhem em conjunto para mitigar o problema. “Precisamos trabalhar com essa questão”, disse, e continuou: “Quando falamos por exemplo de desmatamento na Amazônia a pecuária sempre pagou esta conta, porque o boi a pasto é a atividade mais simples de ser instalada em áreas recém-desflorestadas”. Ela observou, porém, que esses pastos geralmente são abertos por grileiros, que invadem ilegalmente terras públicas.

Liège defendeu, por isso, que cabe ao setor organizado e ao governo identificarem o problema e trabalhar para finalizá-lo. “Enquanto ele existir, é essa imagem da pecuária brasileira que vai para o exterior”, disse. (Tânia Rabello - Estadão Conteúdo)