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Teatro Municipal recebe ‘Banana com canela’ em duas sessões gratuitas

13 de Junho de 2019 às 23:41

Teatro Municipal recebe ‘Banana com canela’ em duas sessões gratuitas Palhaço Rabito, interpretado pelo ator Daniel Lucas. Crédito da foto: Marcelo Ferreira / Divulgação

Um palhaço, uma bicicleta e algumas bananas. Essa é a premissa do espetáculo “Banana com canela”, criado pelo Teatro Vagamundo em 2011. Pela primeira vez em São Paulo, a trupe realiza exibições gratuitas pelo Estado e chega nesta sexta-feira (14) e sábado (15) à cidade, com sessões gratuitas no Teatro Municipal Teotônio Vilela.

Toda encenação é fundamentada nas raízes circenses e expressa a linha tênue entre caos e ordem, uma vez que Rabito -- o palhaço -- ao expor suas debilidades, emoções e fraquezas, se coloca em cena como um espelho social. A partir deste confronto, o público passa a se enxergar igualmente como um ser mais frágil, perverso e humano.

“Para o VagaMundo, o palhaço é um importante agente de transformação social, já que ele é capaz de instaurar um espaço de encontro real entre as pessoas, no qual é possível celebrar nossas diferenças. Desse encontro surge o riso, cuja potência transformadora é capaz de nos levar a outras esferas da experiência da vida. O palhaço é um ser diverso por natureza, que vive fora das regras sociais e se permite viver sob uma lógica mais direta com a vida, mais transparente... E no momento em que o público aceita esse ser que tem outra lógica, que vive de outra forma, e que se expressa de outro modo, também passa a aceitar a melhor sua própria diferença e a diversidade tão bela que existe entre todos nós”, explica Gabriela Santos, diretora do espetáculo.

Responsável por dar vida a Rabito, o ator Daniel Lucas já emocionou mais de 42 mil pessoas com a encenação que, como ele próprio diz, “é um momento de experimentação conjunta que fortalece o vínculo público-ator, valorizando os encontros particulares e compartilhados”.

De acordo com o artista, o palhaço é um operador de emoções que se atreve a mostrar novas possibilidades. “O palhaço mostra que podemos pensar e agir de formas diferentes, fora dos padrões de comportamento, e que não precisamos levar a vida tão a sério. E é exatamente por esse motivo que o público ri do palhaço, porque se identifica com a sua singularidade. As pessoas tendem a rir do próprio fracasso, e o palhaço é a pura aceitação de quem realmente somos”, comenta ele.

A produção foi concebida com recursos do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC-ICMS). As sessões acontecem hoje, às 14h30, e amanhã às 20h, com classificação livre. O Teatro Municipal Teotônio Vilela fica na avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, s/n, no Alto da Boa Vista. (Da Redação)