“Regresso à casa” é tema de programa
Escritor português, José Luis Peixoto fala sobre seu livro de poemas. Crédito da foto: Divulgação
O escritor português José Luis Peixoto é a atração de hoje do “Sempre um papo”. Ele vai falar sobre seu livro de poemas “Regresso à casa” (Dublinenses). O encontro tem transmissão gratuita pelos canais virtuais do projeto Youtube, Instagram e Facebook. A conversa será mediada por Afonso Borges, curador e idealizador do projeto. Nos poemas de “Regresso à casa”, Peixoto nos fala das quatro paredes de uma casa -- e de todas as suas recordações. Evoca a solidão, o isolamento, as portas fechadas, mas também a solidariedade das recordações: a mãe, o pai, os aromas, a família, a aldeia, o amor. Há espaço para a recordação da infância como para a peregrinação pelo mundo inteiro, como um Ulisses em viagem perpétua, rodeado de objetos próximos e voltado para dentro, para o lugar onde se regressa sempre: a casa.
A programação faz parte das comemorações pelos 35 anos do projeto “Sempre um papo” -- ela começou na segunda, 8, com Valter Hugo Mãe falando sobre “Contra mim” (Globo), e que recebeu na terça, 9, o angolano José Eduardo Agualusa -- ele conversou sobre “Os vivos e os outros” (Tusquets). Ontem, quem participou do programa foi o escritor moçambicano Mia Couto, que escreveu obras como “Um rio chamado tempo, uma casa chamada Terra”, “O outro pé da sereia” e “Terra sonâmbula”, entre outros títulos. Ontem, na live, ele falou sobre “O mapeador de ausências”, seu novo romance que será publicado pela Companhia das Letras em julho. Com transmissão pelo canal do YouTube e perfis do Fabebook e Instagram do projeto, a partir das 18h, a conversa segue disponível depois, para quem quiser ver ou rever.
“O mapeador de ausências”, de Mia Couto, se passa em Moçambique pré e pós-independência, com dezenas de personagens diversos e complexos. Diogo Santiago é um prestigioso e respeitado intelectual, professor universitário em Maputo e poeta que volta à sua cidade natal, Beira, depois de muitos anos e às vésperas do ciclone que arrasou o local em 2019, para ser homenageado. Faz, nessa viagem, uma volta a um passado longínquo, à sua infância e juventude, quando ainda Moçambique era uma colônia portuguesa. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)