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Regina Fonseca reapresenta o monólogo ‘Como todo mundo’

22 de Dezembro de 2019 às 00:01

Regina Fonseca reapresenta o monólogo ‘Como todo mundo’ A peça é baseada em depoimento de uma ex-dona de bordel. Crédito da foto: Divulgação

A atriz sorocabana Regina Fonseca apresenta hoje, às 20h30, no Maloca Centro Criativo, o espetáculo teatral “Como todo mundo”. A peça é considerada o primeiro monólogo brasileiro a fazer uso da técnica “verbatim”, na qual os atores escutam depoimentos em fones de ouvido em cena e buscam reproduzir simultaneamente no palco, com o máximo de fidelidade, rompendo com conceitos do teatro convencional, como a construção de personagem e memorização dos textos.

Dirigida e produzida pela própria atriz, a peça documental é baseada em um depoimento real de uma ex-dona de bordel da região de Sorocaba e tem cerca de 40 minutos de duração. O título do espetáculo foi extraído de uma declaração feita pela própria personagem real -- cujo anonimato é preservado por Regina --, que revela que “como todo mundo”, enxergava a prostituição com os óculos do preconceito, antes das circunstâncias a levarem a abrir um “bar noturno” voltado à prostituição.

O monólogo estreou há três anos no Teatro Escola Mario Persico, seguindo com apresentações no Trupé de Teatro, no Coletivo Fora da Caixa, em Sorocaba, e no Coletivo Cê em Votorantim. “Como todo mundo” também cumpriu curta temporada em São Paulo, no Hangar Teatro, e no teatro de Contêiner da Cia. Mungunzá, quando Regina Fonseca, a atriz e criadora do trabalho, foi uma das dez artistas convidadas para a mostra “Solo Mulheres”, juntamente com Denise Weinberg, Cida Moreira e Janaina Leite, entre outras.

Regina Fonseca conheceu a técnica verbatim por meio do consagrado diretor teatral sorocabano José Henrique de Paula, do Núcleo Experimental, que trouxe para o Brasil a novidade que já era uma febre em Londres e montou “Ao pé do ouvido”. Na segunda montagem com a referida técnica, intitulada “Do outro lado da rua”, Regina participou como atriz, numa temporada de dois meses no próprio Núcleo Experimental e em seguida no festival Satiryanas.

A classificação indicativa do espetáculo é de 16 anos. Os ingressos custam R$ 20 e podem ser adquiridos no local (rua Francisco Scarpa, nº 321, Centro).