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TBT: De Fórum (velho) à Grande Otelo

18 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Ainda como sede do Poder Judiciário de Sorocaba, a foto de agosto de 1972 mostra movimentação em frente ao Fórum.
Ainda como sede do Poder Judiciário de Sorocaba, a foto de agosto de 1972 mostra movimentação em frente ao Fórum. (Crédito: PROJETO MEMÓRIA JORNAL CRUZEIRO DO SUL)

O prédio que figura imponente na Praça Frei Baraúna, também chamada de Praça do Fórum Velho, área central da cidade, é o tema da coluna de hoje. Em setembro deste ano, o espaço ganhou os holofotes com a notícia de que seria vendido pelo governo do Estado, fato que gerou imediata reação da classe artística da cidade. Após mobilizações e protestos, governo estadual e Prefeitura se acertaram, ficando determinada a cessão do espaço para o município que deve proceder com o restauro do prédio e promete destiná-lo a atividades de educação ou culturais, preferencialmente.

Construído na década de 40 para abrigar a sede do Poder Judiciário em Sorocaba, o prédio cumpriu sua função original até a década de 70, quando o Fórum foi transferido para o bairro do Mangal. Em 1973, o local passou então a abrigar a Delegacia Regional de Cultura. Com vocação cultural, no espaço funcionou o Museu do Folclore, teatro, salas de exposições e de aulas. O local também foi sede da Orquestra Sinfônica de Sorocaba.

Em 1990 a construção começou a passar por adaptações para se tornar a Oficina Cultural Regional Grande Otelo, que foi inaugurada em 1994. Neste meio tempo o prédio abrigou de forma provisória a sede da Biblioteca Municipal Infantil. A Oficina Grande Otelo funcionou no local até 2014, o que explica o fato do local também ser conhecido por esse nome. A desativação aconteceu para que o prédio passasse por reforma, mas ele nunca foi reaberto, desde então.

Além de Sorocaba, as atividades realizadas pela Oficina Cultural Grande Otelo abrangiam a população de outros 65 municípios da região, inclusive com a realização de oficinas culturais e recebendo espetáculos itinerantes.

O prédio chama atenção com seu estilo clássico e quatro majestosas colunas que coroam a escadaria da frente. A palavra ‘FORVM’, escrita em latim, registra o início de sua história, revelando para que esta construção já foi destinada. Com cerca de 2 mil metros quadrados no total e 1,5 mil de área construída, o imóvel está fechado desde 2014 e foi avaliado em R$ 1,72 milhão, com base em laudo de 2020.

Em 2012, o imóvel foi tombado pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico de Sorocaba após um processo que demorou 15 anos. Seis anos depois o local também foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), em 2018.

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