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#TBT: Banespa

02 de Setembro de 2021 às 00:01
Manuel Garcia [email protected]
Carnaval na agência no ano de 1998.
Carnaval na agência no ano de 1998. (Crédito: PROJETO MEMÓRIA CRUZEIRO DO SUL)

Fundado em 14 de junho de 1909, o Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo teve sua origem na iniciativa de Jorge Tibiriçá, presidente do Estado de São Paulo que, em 9 de agosto de 1904, aprova a Lei nº 923 que garantia, em ouro, juros de 6% ao ano a um banco que fosse fundado na Capital e que realizasse operações de crédito hipotecário à lavoura. Cinco anos depois, essas vantagens são estendidas e, por iniciativa do Secretário da Fazenda, Olavo Egydio de Sousa Aranha, o Banco é criado. Os acionistas franceses ficam com 75% do capital em ações e o Banco do Comércio e Indústria de São Paulo como segundo acionista. O Governo do Estado é acionista minoritário mas possui o privilégio de nomear o diretor-fiscal.

A partir da criação do Instituto Paulista de Defesa Permanente do Café, em 1924, o Governo Estadual é autorizado a reformular seu contrato com o banco e a mudar seus estatutos. Em outubro de 1926, com a aprovação da Lei 2143, o Governo do Estado adquire a permissão para comprar 25.375 ações e para receber ações como parte da divida do Banco com a Caixa Econômica Estadual, totalizando 89,6% do capital acionário. No dia 4 de novembro de 1926, realiza-se a Assembleia Geral de Acionistas onde é aprovada a mudança do nome da instituição de “Banco de Credito Hipothecário e Agricola de São Paulo” para “Banco do Estado de São Paulo S/A”.

A primeira diretoria eleita teve como presidente Altino Arantes Marques. Nesta época o banco passa por um período de expansão, com substancial aumento dos empréstimos hipotecários e penhores agrícolas. O Banco do Estado de São Paulo SA no final da década de 1930 passava por um período de grande expansão e sua diretoria planejava transferir-se para um edifício mais condizente com as dimensões alcançadas pela Empresa. A Diretoria então adquire um terreno na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, onde constrói seu edifício-sede (hoje Loja Casas Bahia). No entanto, sua localização era distante do centro bancário da cidade de São Paulo, compreendido pelo triângulo formado pelas ruas São Bento, Quinze de Novembro, Direita e adjacências. A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo possuía o Edifício João Brícola, na rua João Brícola. Entrando em entendimentos - Irmandade e diretoria do banco permutam os prédios. A diretoria do banco adquire mais três prédios na rua Boa Vista. Todos são demolidos e inicia-se a construção do Edifício-Sede, no remate da avenida São João, na confluência da Praça Antônio Prado com a rua João Brícola e com saída para a rua Boa Vista. Com 161 metros de altura, foi o prédio mais alto do País por cerca de duas décadas.

Erguido em concreto armado, com 35 andares e 14 elevadores, alguns andares são muito suntuosos, como o saguão com elementos no piso em granito polido e bronze, e paredes revestidas em mármore. O quinto andar, usado para abrigar a presidência e diretorias, foi todo revestido em madeira jacarandá paulista, executada pelo Liceu de Artes e Ofícios. Em 1960, o edifício sede passou a se chamar Edifício Altino Arantes, em homenagem ao presidente do Banco Banespa entre os anos de 1926 e 1930.

Projetada em 1939 por Plínio Botelho do Amaral e construída pela empresa Camargo & Mesquita, a obra levou oito anos até ser inaugurada em 27 de junho de 1947. O Banespa em Sorocaba possui diversas agências, a maior delas na rua XV de Novembro. O banco passou por um processo de privatização que, iniciado em 1994, com a intervenção do Banco Central do Brasil, chega ao fim no ano de 2000.

No dia 20 de novembro de 2000 o Banespa foi leiloado, sendo arrematado pelo Grupo Santander Central Hispano. Durante alguns anos se usou a marca Santander Banespa e hoje é apenas Santander.

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