Presença
Tendência gastronômica
A pandemia trouxe à população novos hábitos, como a prática de cozinhar. E com ela, a procura por ingredientes das mais diversas culinárias tiveram um crescimento nas pesquisas na internet e, consequentemente, em compras, como, por exemplo, o arroz japonês, conhecido como “gohan”. O alimento, que é a base para a maioria das iguarias orientais, de acordo com o Google Trends, foi um dos itens mais procurados pelos internautas nos últimos meses, registrando um crescimento de mais de 50% na plataforma. Essa alta é revertida em vendas, que podem ser registradas na Rede Bom Lugar Supermercados, associação supermercadista localizada na região metropolitana de Sorocaba e em Indaiatuba.
Marcio Une, presidente da Rede e proprietário de quatro lojas, é um dos pioneiros na venda desse segmento e diz que, no último ano, o aumento da procura por produtos da culinária oriental cresceu 10% em comparação ao ano anterior. “Com o fechamento dos restaurantes, a curiosidade de tentar fazer em casa o que se comia no restaurante japonês, por exemplo, fez com que a busca de ingredientes crescesse significativamente, e a tendência é que isso aumente ainda mais”. Contudo, Une -- que também tem descendência oriental -- vê que o crescimento não é só um reflexo da pandemia, mas também uma tendência natural, já que a culinária japonesa, principalmente, vem caindo no gosto do brasileiro. “Ela é versátil, vai de encontro com quem busca uma alimentação mais saudável e cabe no paladar de quem deseja algo diferente”, comenta.
Agora,113 anos de imigração, olhando para a história, podemos ver que os japoneses não vieram pra cá somente com o sonho de vida nova, mas de incorporar sua cultura à nossa. No caso da gastronomia, por exemplo, Une comenta que o molho de soja é o produto oriental mais procurado em suas lojas. “Como ele cabe em diversas preparações, inclusive de pratos de outros países, sua procura é imensa e faz com que a gente não deixe faltar nas gôndolas”.
Os produtos orientais estão mais em alta do que nunca, porém, o número de fornecedores para consumidores finais ainda é pequeno. “Os clientes buscam novidades e novos sabores para sair do tradicional feijão com arroz do dia a dia, isso tudo somado ao equilíbrio alimentar. Por isso, o investimento nesse mercado é tão necessário, inclusive economicamente falando”, finaliza o empresário.
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