Sorocaba, 12 de junho de 1903. Neste dia o sonho de Joaquim de Camargo Pires e João Clímaco se concretizava no sobrado de número 25 da rua Monsenhor João Soares. O movimento foi intenso durante a madrugada toda, logo de manhã alguns jovens chegavam naquela residência e saíam com pequenos fardos nos braços, começava ali a distribuição daquele que seria o maior jornal do interior paulista. O jornal Cruzeiro do Sul era modesto, tinha apenas quatro páginas e circulava duas vezes por semana. Na época de sua fundação, o jornal contava com um patrimônio também modesto, composto por três linotipos, uma impressora Europa, um derretedor de chumbo e uma velha máquina de escrever.

Durante os anos, o jornal Cruzeiro do Sul foi ganhando credibilidade, trocou algumas vezes de endereço e de proprietários e, desde de 1964, graças ao empenho de 21 membros da Loja Maçônica Perseverança III foi adquirido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), que desde então o administra. O Cruzeiro do Sul, supera a marca dos 118 anos, sempre apresentando em suas páginas as principais notícias não só de Sorocaba e região, mas também do Brasil e do mundo todo. Se orgulha de ser um jornal imparcial e moderno, sempre “atual como a notícia” e um dos poucos jornais do País que mantém, um suplemento semanal voltado à educação de crianças, o Cruzeirinho. Vasculhando os arquivos do Projeto Memória encontramos estas preciosas fotos que contam um pouco da nossa história.