Buscar no Cruzeiro

Buscar

Presença

‘No Rastro das Tropas’

06 de Junho de 2021 às 00:01
Manuel Garcia [email protected]
Sérgio Coelho de Oliveira.
Sérgio Coelho de Oliveira. (Crédito: TEÓFILO NEGRÃO / DIVULGAÇÃO)

O brilhante jornalista e historiador Sérgio Coelho de Oliveira lançou, no último dia 29 de maio, o livro “No rastro das tropas”. O evento de lançamento encerrou a Semana do Tropeiro, realizada pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretária de Cultura. O evento foi realizado no Largo do Divino, local de passagem e caminho das tropas.

O livro tem prefacio do jornalista e historiador Geraldo Bonadio e, ao longo dos textos e ilustrações, tem como proposta apresentar os registros e vestígios culturais e históricos remanescentes do tropeirismo no trecho paulista de Itararé a Sorocaba - que Sérgio colecionou nas suas visitas ao caminho. A obra comemora e eterniza a história dos tropeiros e das tropas com uma excelente pesquisa e visão características do historiador.

Há 100 anos da passagem das últimas tropas pelo trajeto, o autor se dispôs a rever o trecho para sentir o que restou da saga tropeira e chegou à conclusão que sobrou muito pouco do patrimônio material como trilhas, pontes, sedes de fazendas, potreiros, marcas de pousos e de invernadas. Porém, viu e sentiu em cada canto, em cada cidade, a alma tropeira, o jeito de ser tropeiro expresso nas manifestações culturais, em hábitos e costumes dos seus moradores. As festas comemorativas ao tropeirismo, as cavalgadas, o artesanato de couro e madeira, as danças como o fandango, os cururus, as feiras de animais vivos, os livros, as poesias, as músicas, as lendas e os causos são a herança imaterial do tropeirismo na região do Caminho das Tropas.

O Tropeirismo começou por volta de 1733, com o português Cristóvão Pereira de Abreu, que abriu estrada ligando Curitiba a Sorocaba, conduzindo mulas e gado. Mas foi a partir de 1750, com o Registro de Animais ao lado da ponte sobre o Rio Sorocaba, que se tornou sistemática a passagem de tropas xucras ou arreadas por aqui, e a consequente realização das Feiras de Muares que, em geral, duravam dois meses. Terminou por volta de 1897, quando se realizou a última feira em Sorocaba.

Os anos de 1750 a 1850 são considerados como a fase áurea do tropeirismo. O livro “No rastro das tropas” foi viabilizado graças ao Proac LAB 2020, viabilizado pelo Governo do Estado de São Paulo, através da Lei Aldir Blanc do Governo Federal que contou com a participação de mais de 2 mil projetos, entre os quais um dos premiados foi o do jornalista escritor e historiador Sérgio Coelho de Oliveira.

 

Galeria

Confira a galeria de fotos