A primeira edição do festival ocorreu em março deste ano, em Sorocaba, e teve apresentações em praças públicas. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (9/2/2019)

Pilar do Sul recebe neste final de semana a 2ª edição do Festival Regional de Teatro (Festão), evento independente realizado pela Rede de Teatro Regional, coletivo de artistas e produtores teatrais da região que visa refletir e fortalecer o fazer teatral, bem como constituir um corredor de trocas culturais na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).

A programação começa hoje e prossegue até domingo, com 18 espetáculos teatrais que envolvem mais de 300 artistas, representantes de dez cidades da RMS. Além das apresentações teatrais gratuitas, acontecerão duas rodas de conversa, voltadas à formação dos artistas, com os temas “Crítica em cena”, com o crítico teatral Amilton Azevedo, e “Profissão teatro”, com Dorberto Carvalho, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo (Sated- SP).

O 2º Festão é coordenado pelos anfitriões do Grupo de Teatro Escarafunchar e realizado em parceria com a Secretaria de Cultura de Pilar do Sul.

Programação

A abertura do festival ocorre hoje, às 17h30, no Espaço Escarafunchar (rua Prof. Elói Lacerda, 1.091, Centro). A partir das 18h até às 20h40 serão apresentados os seguintes espetáculos: “Clownfé”, da Aclowndemia, de Sorocaba; “Lugar de fala”, da Cia. Escarafunchar, de Pilar do Sul, “Gavetas do corpo”, da Camarim do Ator, de Sorocaba, e “Manual de sobrevivência”, da Trupé de Teatro, também de Sorocaba.

No sábado, a programação será aberta às 10h na Praça Central (rua Elías Valio, 102, Centro), com cortejo dos artistas. Em seguida, serão encenados “Coisas do interior”, da Cia. Teatral Sarapós, de Sarapuí; “Trambicus -- a tragédia do trombone triunfal”, da Trupe Tripa Trombose de Mairinque; e “O céu é a lona”, de Alexandre Malhone, de Votorantim. A partir das 14h, a programação prossegue na sede da Secretaria Municipal de Educação (avenida Papa João XXIII, 1.178, bairro Campo Grande) com “Os fuzis da Senhora Carrar”, Teatro Escola Mario Persico de Sorocaba, “Narrativas despretensiosas e não governamentais”, do Coletivo Narciso, de São Roque; “A farsa da compadecida vestida de sol”, do grupo Tapanaraca de Itapetininga e “O doente imaginário”, da Zéfiros Cia. de Teatro, de Salto.

Ainda no sábado, a partir das 19h, na Secretaria de Cultura, o público poderá conferir “O grande pequeno Circo do Berinjela”, do Nativos Terra Rasgada, de Sorocaba; “A brava”, da Cia. de Eros de Mairinque e São Roque; “Poesia que espanca”, do grupo Uma de nós, de Sorocaba; “Mochileiro de decepções”, da Cia. Sevastra de Teatro, de Sorocaba; “A incomum arte de não prestar pra nada”, da Nossa Trupe Teatral, de Tatuí e “Entre(laços) -- um documentário cênico”, ‘da ST DNC, de Tatuí.

Já no domingo, as atividades ocorrem no Encontro Entre Grupos (rua Samuel Antunes de Proença, bairro da Subestação) a partir das 9h, com roda de conversa “A crítica em cena”, com Amilton Azevedo. Às 11h ocorre o bate-papo “Profissão teatro”, com Dorberto Carvalho, presidente do Sated-SP. Ao meio-dia será apresentado o “O auto da paixão e da alegria”, da Cia Espelunca, de São Carlos, com encerramento às 13h, com confraternização entre os artistas.

A primeira edição do festival ocorreu em março deste ano, em Sorocaba, e envolveu mais de 290 artistas de onze grupos teatrais da região. O festival foi idealizado pela Rede de Teatro Regional e tem como objetivo ser semestral, itinerante, não-competitiva e dar visibilidade a produções teatrais da RMS. “Esse festival tem um o modelo único no país, que é horizontal, não tem curadoria e não é competitivo. O principal objetivo é ser um lugar de troca entre as pessoas que fazem e apreciam o teatro”, afirmou o professor e pesquisador José Simões, um dos fundadores da iniciativa. (Felipe Shikama)