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Pífanos ganham leitura moderna com a volta da Canudo Elétrico

05 de Agosto de 2019 às 21:01

Pífanos ganham leitura moderna com a volta da Canudo Elétrico O grupo, formado em 2011, suspendeu as atividades em 2014 e está de volta com uma nova formação. Crédito da foto: Divulgação

Os ritmos e melodias das tradicionais bandas de pífano do norte e nordeste brasileiro ganham sotaque urbano nas vozes e nos instrumentos de Richard Ferrarini e Canudo Elétrico Projeto. O grupo, formado em 2011, suspendeu as atividades em 2014 e está de volta com uma nova formação, que estreia nesta terça-feira (6), às 20h30, no Saravá Brasil Bar. O show tem entrada gratuita.

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Além de Ferrarini e o percussionista Richard Lefèvre, ambos membros da versão original, a nova formação do quinteto conta com o percussionista Barba Marques, o guitarrista Camilo Macedo e a cantora Danielle Domingos. Além do aspecto instrumental bastante diversificado -- os músicos também se revezem em outros instrumentos --, o Canudo Elétrico explora voz, dança, poesia e outros recursos cênicos em seus shows. “Além de adicionar a guitarra, que é um instrumento harmônico, essa nova formação ficou bem performática”, afirma Ferrarini, que é fundador do grupo.

Compositor, arranjador, saxofonista e pesquisador do pífano (flauta transversal comumente usada na música tradicional nordestina), Ferrarini afirma que a proposta do conjunto é resgatar o repertório e a formação das bandas de pífanos, porém com uma leitura moderna, mesclando a sonoridade tradicional com recursos contemporâneos, como processadores e pedais de efeito, que alteram ou adicionam os timbres dos instrumentos. O quinteto passeia por ritmos variados do norte e nordeste brasileiro, como baião, forró, arrasta-pé, frevo, ciranda, maracatu entre outros, bem como de influências do jazz norte-americano e do chamamé e a milonga da região sul do País.

Além de celebrar a reestreia do grupo, a apresentação de amanhã marca o pré-lançamento do álbum “Batuque”, que sairá até o final deste mês. “Vamos apresentar músicas que estarão no CD, algumas reeleituras eletrificadas do repertório tradicional de pífano, mas a maior parte é autoral e tudo muito dançante”, complementa o pesquisador. O Saravá Brasil Bar fica na rua Pandiá Calógeras, 443, Jardim Vergueiro. (Felipe Shikama)