O Prêmio Anual Sorocaba de Literatura 2025 anunciou seus vencedores em cerimônia realizada na quinta-feira (16), no Pátio Cianê Shopping. O prêmio é uma iniciativa da Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Cultura (Secult).

Os vencedores da edição 2025 do Prêmio Anual Sorocaba de Literatura foram: Monisa Maciel e Rogério Neves (ilustração), com “Quintal”; Éric Diego Barioni, com “Biomedicina para crianças”; Elaine Perez, com “Arvoredo”; Débora Mestre, com “Sam”; e Antonio Luiz Pontes, Carlos Roberto Soleira e José Osmir Fiorelli, com “Tropeirismo: A Saga Que Transformou o Brasil”.

Antonio Luiz Pontes, um dos autores do livro sobre o tropeirismo, afirmou que a intenção do livro é prestar uma homenagem aos tropeiros e registrar sua história, além de chamar atenção para a criação do Dia Nacional do Tropeiro, uma demanda defendida pelo grupo junto ao Congresso Nacional. A data escolhida foi o dia 13 de julho, homenagem ao dia do batismo de Cristóvão Pereira de Abreu, destacado tropeiro.

Se o “Tropeirismo” olha para o passado e as raízes do país, o livro “Quintal” convida o leitor a revisitar as pequenas memórias do cotidiano, aquelas que também constroem quem somos. De autoria de Monisa Maciel e com ilustrações em aquarela de Rogério Neves, a obra apresenta diversos “quintais”, um convite para adultos lembrarem de sua infância e para crianças descobrirem novos territórios para brincar, independentemente do tipo de casa em que vivam. Monisa afirmou que o livro é também uma homenagem à sua própria infância e a seu irmão Flavio Luís, com quem dividiu aventuras e brincadeiras.

Do quintal para o laboratório, a imaginação continua sendo o ponto de encontro. “Biomedicina para crianças”, escrito por Éric Diego Bertoni, doutor em biomedicina, convida as crianças a conhecer as várias formas de atuação da ciência e pretende inspirá-las a seguir o caminho da pesquisa.

Entre a ciência e o sonho, surge “Arvoredo”. No livro poético de Elaine Perez, as palavras brotam como folhas que falam de força e sensibilidade. A autora faz uma homenagem às mulheres, com metáforas relacionadas às árvores, aproximando as raízes do solo aos elementos que compõem o ser mulher.

Por fim, a literatura se transforma em espelho com “Sam”, de Débora Mestre. O romance, que recentemente recebeu o Prêmio Carolina Maria de Jesus, traça um panorama histórico e social do Brasil do século XX, misturando memória e crítica em uma narrativa que atravessa gerações.

A premiação existe desde 2015, quando foi instituída por meio da Lei Municipal nº 11.182/2015, e exige que os vencedores ofereçam alguma atividade em contrapartida ao prêmio. Antonio Pontes informou que os autores pretendem realizar palestras em escolas públicas sobre o tema do tropeirismo. Já Monisa disse que pretende realizar uma roda de conversa para a contação do livro, no mês de julho, ou seja, nas férias escolares, para que mais crianças possam participar da atividade. A ação deverá ocorrer na Biblioteca de Sorocaba, no Paço Municipal. (Vernihu Oswaldo)