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Novo álbum de Valter Silva revisita as raízes da música popular brasileira

Faixas autorais misturam ritmos tradicionais e homenageiam ícones da cultura nordestina

26 de Setembro de 2025 às 21:36
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
 Cantor e compositor destaca a riqueza da cultura nacional e ritmos presentes no imaginário popular
Cantor e compositor destaca a riqueza da cultura nacional e ritmos presentes no imaginário popular (Crédito: DIVULGAÇÃO)

O cantor e compositor Valter Silva lança hoje (27) Rodopio Bailarino, obra que destaca a riqueza da cultura nacional e presta homenagem ao mestre brincante Antônio Nóbrega e ao escritor, dramaturgo e poeta Ariano Suassuna.

Misturando baião, ciranda, samba de roda, barravento, maracatu, toadas e outros ritmos presentes no imaginário popular, Valter Silva constrói um repertório que é ao mesmo tempo celebração e forma de resistência. O álbum traz composições autorais que dialogam com o universo musical de Nóbrega e Suassuna (19272014), referências na valorização da cultura nordestina e no fortalecimento das tradições culturais.

Entre as oito composições que integram o trabalho, destacam-se a faixa-título “Rodopio Bailarino”, uma ciranda criada na métrica de décima de sete sílabas que gira no compasso lúdico dos passos brincantes de Antônio Nóbrega, e “Não Troco Meu Óxente”, maracatu que exalta a identidade nordestina como homenagem a Suassuna. A faixa dedicada ao dramaturgo pernambucano tem participação de Elaine Buzato no pífano e vocais.

O repertório inclui ainda “Bem Devagarinho”, xote que bebe na fonte de mestres como Dominguinhos e Luiz Gonzaga e traz participação de Julio Paz na sanfona; e “Guerreiras”, baião que canta a força e resistência feminina.

A produção foi realizada nos estúdios da Saci Discos, selo reconhecido por sua dedicação a projetos que mantêm vivas as expressões da cultura popular. Além das composições e vocais, Valter Silva é responsável pela produção musical, realizada com arranjos orgânicos e instrumentação que valoriza zabumbas, pífanos, violas e vozes coletivas, criando um ambiente sonoro que remete às rodas de ciranda, às festas de terreiro e aos cortejos de rua.