Destacando uma homenagem a Laor Rodrigues, a Academia Sorocaba de Letras comemorou na sexta-feira (30) os seus 46 anos de fundação, em cerimônia realizada no Gabinete de Leitura Sorocabano, localizado na praça Coronel Fernando Prestes.

Em seu discurso, o presidente da Academia, Antonio Luiz Pontes, destacou: “A Academia Sorocabana de Letras gostaria de prestar um tributo ao cidadão exemplar, querido por todos, que dedicou sua vida a servir, profundo incentivador da cultura, ex-presidente deste Gabinete de Leitura e atuante em inúmeras instituições beneméritas, o Sr. Laor Rodrigues”.

Em outra homenagem da cerimônia festiva, três ex-membros receberam diplomas de sócios Eméritos: a professora de língua portuguesa, que se dedicou à educação, pesquisa e ao estudo da língua por toda a vida, Neide Baddini Mantovani, que ocupou a cadeira de número 15, do patrono Otto de Oliveira Lara Resende; o jornalista, historiador, fundador do museu Casa do Tropeiro, presidente do Centro de Estudos Históricos Caminhos das Tropas, apaixonado pelo tropeirismo e referência no tema reconhecido nacionalmente, Sérgio Coelho de Oliveira, ex-presidente da Academia, que ocupou a cadeira de número 17, do patrono Antônio Gonçalves Dias; e a mestra e doutora em Comunicação e Semiótica, professora do programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba, pesquisadora, que publicou inúmeros livros, artigos, entrevistas e divulgou diversos trabalhos, Miriam Cristina Carlos Silva, que ocupou a cadeira de número 38, do patrono José Oswald de Sousa Andrade.

A comemoração contou ainda com a participação de músicos da Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (Fundec) e do cantor Gerluis, que cativaram a participação de todos.

História

A Academia Sorocabana de Letras (ASL) foi fundada no dia 26 de maio de 1979 e instalada no dia 2 de julho do mesmo ano. No emblema de sua bandeira consta a inscrição “Medicina Animi”, o pão do espírito e uma águia, que em uma das garras segura uma pena de prata, significando que os acadêmicos se expressarão com pureza da língua, e na outra o livro “Os Lusíadas”.

Segundo o presidente Pontes, “nas dependências do Ipanema Clube, movidos por um ideal que já transitava por Sorocaba, entretanto, sem a concretização sonhada, o ilustre professor de Ciências Jurídicas, José Aleixo Irmão, com Camilo Júlio Filho, Ivan Alberto de Albuquerque Doretto, Benedicto Cleto, Alcides Barbosa Nicéas, José Maria Tomazela, Mário Cândido de Oliveira Gomes, Benedito Walter Marinho Martins, Adolfo Frioli, Armando Oliveira Lima, Hélio Rosa Baldy, Paulo Fernando Nóbrega Tortello, Adilson Cezar e Geraldo Bonadio, fundaram a Academia Sorocabana de Letras.”

Atualmente, a ASL é composta por 40 cadeiras, cada uma contendo o nome de um patrono ou patronesse homenageado. Os nomes foram selecionados de acordo com a contribuição que ofereceram ao mundo das Letras, Literatura e Artes, verdadeiros incentivadores da cultura. Há cadeiras vagas, e para ocupá-las é necessário participar do processo seletivo.

O grupo faz reuniões mensais em sua sede, localizada na rua Comendador Oetterer, 737, na Vila Carvalho, todo primeiro sábado do mês, com atividades abertas ao público.

Eventos

Ainda de acordo com seu presidente, o trabalho realizado pela Academia é voluntário e o objetivo é promover a cultura da língua e da literatura nacional, por meio de iniciativas realizadas durante todo o ano, como por exemplo a Feira de Literatura Infantil da ASL, cuja primeira edição aconteceu em 2024.

Segundo Pontes, “o evento foi aberto ao público, coordenado pela confreira Vanessa Marconato Negrão, com a participação de crianças, jovens, estudantes e interessados. Houve então roda de conversas, exposição de livros infantis, debates sobre literatura infantil, contação de histórias, participação de alunos de Pedagogia da Ufscar, apresentação de autores de livros infantis, abordagem de como escrever livro infantil, além de brincadeiras oferecidas às crianças”, explica.

O presidente reforça que a ASL criou ainda outros diversos eventos, como o Periscópio Literário, o Dia Nacional do Tropeiro e as Cartilhas Ambientais, entre outros. Segundo Pontes, “as iniciativas levam a cultura para a população, principalmente, no sentido de incentivar os jovens a participar, no futuro, de nossa instituição”, destaca.